O presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, compareceu como parte civil em um julgamento na Justiça francesa que investiga o seu envolvimento no sequestro de um empresário argelino, e sua denúncia de extorsão por parte de ex-funcionário, em situação que teve documentos revelados pela rádio francesa RMC.
O que aconteceu?
A polícia francesa investiga o presidente do Paris Saint-Germain por envolvimento no sequestro do empresário franco-argelino Tayeb Benabderrahmane, ocorrido em 2020, em Doha (Catar), onde Tayeb vivia com a mulher e os filhos.
Na ocasião, o empresário supostamente detinha "material sensível" em que Al-Khelaifi apareceria como um dos envolvidos na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. O argelino só teria sido libertado do cárcere após entregar os documentos aos advogados de Al-Khelaifi.
A defesa do presidente do PSG, por sua vez, diz que ele foi vítima de ameaças reiteradas por parte de Benabderrahmane e sua esposa, a advogada Mahdjouba Benabderrahmane. Os advogados os acusam de chantagear Al-Khelaifi com um pen-drive que teria informações sigilosas sobre o dono do PSG, roubadas de dispositivos eletrônicos da casa dele.
Outros dois ex-funcionários também fariam parte do esquema: Malik Nait-Liman, ex-membro da polícia francesa que trabalhava no clube para monitorar as torcidas organizadas, e Hicham Karmoussi, seu ex-mordomo.
O empresário e os dois ex-funcionários, segundo Al-Khelaifi, traçaram um plano para entrar na casa do presidente do PSG e roubar conteúdo privado. A investigação encontrou um relógio Rolex e outros itens na casa do lobista que, supostamente, teriam sido roubados de Al-Khelaifi pelo mordomo.
Os três foram denunciados à Justiça francesa por Nasser Al-Khelaifi por roubo, ocultação de crime, fraude, falsificação e uso de falsificações em escritos privados, além de denúncias caluniosas. A denúncia diz que são "tentativas de obter decisões judiciais ou profissionais favoráveis" através de mentiras, ameaças e calúnias.
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