Kane fala em 'desespero' para colocar fim no jejum sem títulos na carreira

A final da Eurocopa contra a Espanha tem uma pressão a mais em Harry Kane. Ao mesmo tempo em que ele é o maior artilheiro da Inglaterra, o centroavante também carrega a marca de nunca ter sido campeão por clubes e pela seleção. Por isso o jogo deste domingo, às 16 horas (horário de Brasília), tem um peso especial para o jogador inglês.

"Não é segredo que eu não tenho nenhum título por equipes, mas a cada ano que passa, eu fico mais motivado para mudar essa história. Temos a oportunidade de conquistar um dos títulos mais importantes que se pode conquistar. É hora de fazer história pelo meu país, de ter orgulho por ser inglês. Eu trocaria tudo que conquistei na minha carreira para ter uma noite especial e conquistar o título", disse o centroavante na véspera do confronto com a Espanha.

Desde 2015, quando tinha 21 anos, Harry Kane faz parte da seleção inglesa. São 66 gols em 97 partidas. Para muitos, ele é um dos maiores da história do país. Um dos defensores da tese é Wayne Rooney, segundo maior artilheiro da Inglaterra, com 53 gols em 120 partidas.

"Harry Kane é um jogador incrível. Os gols que ele faz, as assistências que ele dá e por tudo que ele fez nos últimos anos, eu diria que ele é o maior jogador inglês da história. Ele é sempre muito profissional e nunca perde um jogo", disse Rooney.

Atualmente com 30 anos de idade, Harry Kane já bateu na trave várias vezes pelo tão sonhado título de campeão. As principais derrotas foram na final da Liga dos Campeões de 2018/2019, com o Tottenham, e da Eurocopa de 2020 para a Itália nos pênaltis.

A partida contra a Espanha será a segunda final europeia consecutiva da Inglaterra. Apesar de não ter conquistado o título, Kane acredita que as derrotas no passado trouxeram uma boa experiência para os jogadores que disputarão a decisão deste ano, mas ressaltou que existe um "desespero" para finalmente colocar um ponto final nos anos sem títulos.

"Estar na final de novo mostra uma consistência inacreditável. Nós ficamos muito tristes com aquela final e foi um longo caminho para estar aqui novamente. Todo crédito aos jogadores pela resiliência e por tudo que eles mostraram aqui. Isso mostra a mentalidade do time e eu estou extremamente feliz por disputar uma final europeia novamente. Mas, claro, nós estamos desesperados para dar um passo a mais do que fizemos da última vez", explicou.