'Estadual empobrece os clubes': Mattos explica prejuízo com calendário

O colunista Rodrigo Mattos explicou no Finanças do Esporte como o calendário brasileiro contribui para empobrecer os clubes com campeonatos estaduais prolongados.

Mattos mostrou que os times ganham pelo menos o dobro por jogo no Brasileirão quando comparado aos Estaduais. Em alguns casos, essa desproporção chega a ser muito maior, como no caso de Flamengo e Grêmio (confira no vídeo).

Eu acho que temos que fazer esse raciocínio, porque você tem que pensar no valor por jogo do campeonato, é assim que você consegue estabelecer se aquilo está valendo ou não. E data, tempo, também é dinheiro. Então, quando você está dando tempo para o estadual, você está dando tempo para jogos que valem pouco.

O raciocínio do torcedor às vezes é 'ah, mas tem menos jogos, o clube vai ganhar mais'. Mas não é assim, se você tem mais jogos importantes e mais espaçados, você transforma numa coisa rara, num grande evento. O Brasileiro já vale mais que o dobro do Estadual, mas o fato de o Estadual espremer o Brasileirão em sete meses, você tira o valor, os clubes poderiam estar ganhando o dinheiro do Brasileiro por 10 meses, que é o ideal.

Segundo Mattos, se o Brasileirão fosse mais longo e os Estaduais mais curtos, os clubes arrecadariam mais. Nesse sentido, a situação é ainda pior para os clubes cujos campeonatos locais interessam menos ao mercado dos direitos de transmissão.

As receitas seriam maiores por 10 meses e transformariam os jogos em eventos mais únicos, com valores maiores que esses. Se pegar o Bahia e os times do Nordeste, apesar de ter a Copa do Nordeste, a receita com o Estadual é ainda mais baixa que a dos times do Sudeste. Rodrigo Mattos

Assista ao Finanças do Esporte na íntegra

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