Carro da família do zagueiro Luan é alvejado em tentativa de assalto no RJ
O carro da família do zagueiro Luan, ex-Palmeiras, foi alvo de tiros de arma de fogo em uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro na última segunda (15). Clarice Alves, esposa de Luan, conversou com o UOL sobre o ocorrido.
O que aconteceu
Clarice Alves disse que seu cunhado estava dirigindo o carro quando foi encurralado por outro veículo no trânsito. O marido da irmã retornava do aeroporto de Galeão, onde havia deixado Clarice, e conduzia o veículo na madrugada. Ele levava o automóvel para guardá-lo em sua casa, na Barra da Tijuca, enquanto a cunhada está no México.
Os criminosos já desceram atirando para o alto, e o cunhado fugiu sob tiros da Ilha do Governador. A irmã de Clarice seguia o marido em um segundo carro, que vinha atrás, e presenciou toda a cena. O parente dirigia a BMW X6 da esposa de Luan e temia que fosse sequestrado.
O carro da família de Luan é blindado, mas ela relatou que os assaltantes efetuaram os disparos com fuzis. Clarice publicou nas redes sociais um vídeo que mostra o carro com vários buracos de bala. No post, ela fez críticas à falta de segurança e indicou que as pessoas "evitem ir ao Rio de Janeiro". A família dela é carioca e Luan, antes de defender o Palmeiras, atuou pelo Vasco.
Um dos tiros penetrou a traseira do carro e furou até o banco do carona, mas não atingiu o motorista. O cunhado estava sozinho. "Por que eles atiraram para matar?", questionou Clarice. A mulher disse que se sentiu aliviada quando se mudou com o jogador para São Paulo porque, em suas palavras, "viver no Rio era como viver em uma guerra".
Ela desabafou: "É o banco que meus filhos sentam". Clarice agradeceu que não tinha mais pessoas no carro e contou que não foi o primeiro caso de assalto no trânsito que sua família vivenciou. A esposa de Luan detalhou outros casos, sendo dois deles em São Paulo, que deixaram traumas e os levaram a blindar o veículo.
A família do jogador registrou Boletim de Ocorrência. Além disso, o veículo está sendo periciado para verificar se houve alguma negligência da empresa que realizou a blindagem, já que uma bala atravessou o interior do veículo.
Luan atualmente defende o Toluca, do México, e não está no Brasil. O zagueiro de 31 anos se despediu do Alviverde no final de junho para reforçar o time mexicano.
O desabafo de Clarice
"Evitem ir ao rio de janeiro. Grata pela vida da minha família. Obrigada meu Deus, tudo que peço é obrigada por esse livramento. Obrigada Deus por cuidar da minha família , aquele banco perfurado é o banco que meus filhos sentam. Eu não conseguiria imaginar minha vida sem meus filhos, não consigo imaginar se eles estivessem naquele momento sentados ali. Me falta ar só imaginar.
Obrigada Deus não permitir que nada acontecesse com meu cunhado, o pai do meu sobrinho. Obrigada Deus por não permitir que minha irmã grávida do meu sobrinho tão esperado sentasse naquele banco. Hoje mais reflexiva, me pergunto: Por que eles atiraram para matar? A conclusão que cheguei é para mostrar quem é o poder , que eles estão anos luz a frente do governo, estão munidos, são mais inteligentes, "estão fortes". E claro estão impunes.
A vida Brasileira não importa. Não é o carro que você dirige, ou o relógio que você usa. "É o sistema que tem que mudar". Salvem se quem puder. Quando mudamos para São Paulo, senti um grande alívio, pois viver no Rio de Janeiro era como viver em uma guerra , é horrendo , é uma sensação que só quem vive entende , você está dirigindo e de repente, começam os tiros, todos saem dos seus carros e se arrastam no chão, alguns carros recuam na contramão. Uma verdadeira cena de guerra.
Até que em novembro do ano passado , fomos assaltados em São Paulo, dirigíamos nosso carro em uma via movimentada e engarrafada, quando fomos surpreendidos aproximadamente as 16 horas de um dia de semana qualquer por uma moto desses com box do IFood, que bateu o revólver no vidro do carro. Traumatizados, trocamos de carro , pois entendemos que a culpa era nossa por dirigir um carro esporte. Compramos um carro família , ficamos realizamos em poder proporcionar tal confronto a nossa família, blindamos o carro mas não colocamos insulfilme.
Já usávamos carro blindado apenas para ir ao Rio de Janeiro. Não achávamos que seria necessário em São Paulo. Estávamos errados. Em maio desse ano, saindo para comemorar o aniversário do Luan, fomos abordados aproximadamente as 19 horas, horário de pico, trânsito lento e rua movimentada por uma moto , dessa vez por homem o vestido com roupa social, vimos o revólver e fugimos, foi um caos, pegamos a contramão e batemos em um táxi.
Após esses episódios, qualquer barulho de moto que se aproxima, meu coração dispara."