O Palmeiras encara o Botafogo hoje, no Rio de Janeiro, e Leila Pereira salientou que o embate com John Textor não pode ser relacionado ao confronto em campo. Em entrevista exclusiva ao UOL, a presidente alviverde exaltou seu respeito ao Botafogo, mas não poupou as palavras para falar sobre o descontentamento com o cartola do clube carioca.
"Ele está me processando por eu ter falado o que eu achava dele. Nada, nada vai tirar da minha mente o que eu realmente acho do John Textor. Eu tenho um ótimo relacionamento com todos os dirigentes do futebol brasileiro, menos com o senhor John Textor, por culpa dele".
"Por isso que é importante deixar muito claro que o Palmeiras vai jogar com o Botafogo. Não é Leila contra o John Textor, por favor. Eu tenho respeito profundo pelo Botafogo, tenho respeito profundo pelos atletas e torcedores. Eu estou tendo um problema por causa de coisas que o John Textor anda falando que não são verdadeiras", completou a presidente.
- Nesta quarta-feira, o UOL Prime publicou um perfil que mostra o estilo Leila Pereira de comandar o Palmeiras: O que você precisa saber sobre Leila Pereira antes de decidir se gosta dela.
No início de junho, Leila aceitou o convite para depor na CPI da Manipulação de Jogos porque o Palmeiras é citado no material levado por John Textor, dono da SAF Botafogo, que embasou a investigação sobre manipulação de jogos do Brasileirão.
"Desde que conquistamos o último título nosso do Brasileirão, em 2023, o dono do Botafogo faz acusações completamente sem provas, onde diz que o Palmeiras foi beneficiado por manipulação em jogos. Eu sou a representante do Palmeiras e fui defender meu clube. Achei isso uma aberração, um absurdo, uma falta de respeito, não só à Sociedade Esportiva Palmeiras, como ao trabalho de todos nós. Uma falta de respeito com os nossos milhões de torcedores", destacou a presidente.
Os membros da CPI consideraram que o dono da SAF Botafogo levou "indícios" e não provas quando apresentou relatórios da empresa Good Game. A análise da companhia usa inteligência artificial e compara o padrão comportamental dos jogadores dentro de campo. Textor ainda não apresentou provas.
A participação na CPI
Durante a participação na CPI, Leila advertiu o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) por um comentário com teor machista sobre mulheres em estádios. A presidente contou que no fim da sessão, o parlamentar se desculpou e foi respeitoso.
"Fui tratada muito bem, com muito respeito. Inclusive, houveram algumas piadas. Quando o Kajuru diz para uma senadora que mulher vai em campo e não sabe nem o que é bola, eu respondi: 'Senador, hoje mulher é presidente de clube'. Aquilo lá foi mais para deixar o ambiente não tão tenso, não é? Mas depois ele pediu desculpa", disse Leila.
Tanto no ambiente do futebol quanto no empresarial, Leila diz se sentir à vontade. Ela não tem receio de demonstrar seus interesses, é firme nas opiniões. Isso se reflete quando ela fala que ser a única presidente mulher dos 20 clubes da Série A não a incomoda.
"Eu nunca me senti diminuída nem destratada em nenhum lugar, porque se a pessoa tem algum ato de rebeldia comigo ou que não é delicado comigo, eu não sou uma mulher muito frágil, entendeu? Eu vou para cima também. Eu não tenho medo de absolutamente nada e de ninguém. Então, eu acho que é por isso que as pessoas me respeitam bastante", comentou.
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