Palmeiras ignora 'sede de vingança' do Botafogo e vê rivalidade forçada

O Palmeiras ignora a atmosfera de rivalidade criada pela torcida do Botafogo, adversário desta quarta-feira (17), pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo ocorre no estádio Nilton Santos e tem um gosto de vingança para o torcedor alvinegro após a virada histórica palmeirense por 4 a 3 no final do ano passado.

O que aconteceu

Botafogo seguiu programação normal para o jogo contra o Palmeiras, mas viu torcida se movimentar para criar atmosfera de decisão. A rotina do elenco e da direção alvinegra não sofreu nenhuma alteração por conta do adversário. No entanto, os botafoguenses se organizaram para fazer uma grande recepção ao ônibus com os jogadores antes do jogo que vale a liderança da competição.

Também está previsto um mosaico, fogos, bandeiras e faixas para criar uma grande atmosfera no estádio.

O Palmeiras crê que rivalidade com o Botafogo não existe, e o jogo é considerado apenas mais um entre os 38 do Brasileirão. O clube entende que é apontado como culpado pela perda do título no ano passado, mas foi o Botafogo que não ganhou um jogo sequer nas últimas onze rodadas do Brasileirão e deixou a conquista escapar.

Raphael Veiga, meia do Palmeiras, foi questionado após a vitória contra o Atlético-GO na última rodada sobre o sentimento de enfrentar o Botafogo. O camisa 23 reforçou que era apenas mais um jogo, e que do lado palmeirense não existe qualquer rivalidade.

O sentimento daqui é de mais um jogo, importante como todos os outros. Da nossa parte não tem essa rivalidade. A gente vai se preparar, vai querer ganhar o jogo como todos os outros, valem três pontos como todos os outros. Vamos nos preparar e fazer o nosso melhor.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sequer viajou para o Rio de Janeiro. A mandatária entende que, depois das acusações sem provas e dos ataques feitos por John Textor a ela e ao Palmeiras, não faz sentido ela ir ao Nilton Santos.

A presidente palmeirense não tem interesse em estabelecer qualquer contato com Textor. Leila quer que o foco esteja no campo, onde Palmeiras e Botafogo se enfrentarão, e não o conflito nos bastidores entre ela e o empresário norte-americano.

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A batalha começou após acusações de Textor sobre manipulação de resultados em edições recentes do Brasileiro. O empresário também citou o São Paulo — Leila e Julio Casares, presidente do Tricolor, acionaram o STJD.

O STJD instaurou inquérito para apurar as denúncias de John Textor e o relatório classificou como "imprestáveis" as provas apresentadas pelo empresário. Além disso, sugeriu pena de R$ 2 milhões e suspensão por 2.340 dias devido ao que foi considerado ilícitos desportivos praticados por Textor contra atletas, clubes e árbitros.

Textor moveu um processo contra Leila por injúria e difamação. O empresário alega que foi ofendido pela mandatária alviverde em três oportunidades: quando ela o chamou de "fanfarrão", de "vergonha do futebol brasileiro", "idiota" e que "está achando é que o Brasil é uma bagunça, que as autoridades não tomam providências nenhuma".

O Palmeiras também processa Textor. A motivação é a sequência de denúncias de suposta manipulação do Brasileirão para favorecer o clube paulista.

Textor quer levar a guerra judicial contra Leila Pereira para os Estados Unidos. Ele contratou o advogado Paul Tuchmann, que teve participação direta no caso "Fifagate", que levou diversos dirigentes à prisão.

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Ela cruzou a linha. Eu vou atrás dela. Eu contratei Paul Tuchmann, que teve papel determinante na queda de dirigentes da Fifa. Ele agora está no setor privado, é advogado. Eu vou olhar de forma responsável o que pode ser feito. Estou obviamente sendo atacado. Textor em entrevista ao ge.

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