Zubeldía pede reforços com urgência e diz por que ficou no São Paulo
O técnico Luis Zubeldía, do São Paulo, ressaltou a urgência de reforços na equipe após a vitória do Tricolor sobre o Grêmio, em jogo do Campeonato Brasileiro ocorrido na noite desta quarta (17). Ele também falou sobre o "fico" no clube após uma sondagem da seleção do Equador.
O que Zubeldía falou?
Lesão de Alisson. "Ele estava sendo uma peça fundamental para a ideia de jogo. É um jogador experiente que, tanto nas fases com bola e sem bola, estava sendo importante. Este protagonismo que foi agarrando é notório. O 1° tempo dele foi o significado de jogar bem. Assim tem que jogar um volante: como o Alisson. É claro que são coisas que acontecem no futebol, mas não há jogadores iguais. Outros jogadores que fazem bem a posição são Luiz Gustavo e Pablo, mas não os tenho. Bobadilla está pegando experiência, se ele joga com um experiente, é melhor, porque vai amadurecendo com os minutos.
Reforços com urgência. "São jogadores difíceis de substituição porque eles fazem bem as duas tarefas: a construção e a ocupação de espaço defensivo. É urgente: precisamos de jogadores ali. A direção sabe. Não se trata de ter opções. Há muitos volantes, mas não jogam nesta função. Preciso de jogadores que atuem ali. Venho falando disso desde que cheguei. Estão buscando opções."
Classificação e jogos
Pedido também na zaga. "Se saiu o Diego Costa, precisamos trazer um zagueiro. São posições que vou precisar. Um ponta eu consigo substituir até com um jovem de velocidade, mas em posições estruturais, é muito difícil porque é preciso rodagem. A bola, pela zona central, passa constantemente. Com o goleiro, o zagueiro, volante e centroavante não posso experimentar. É a zona central, onde tem mais trânsito. Eles sustentam quem vem por fora. Prefiro que eles deem explicações, me parece mais respeitoso, são decisões institucionais."
Mudanças sem Alisson. "Tínhamos quatro opções: Galoppo, Michel, Nestor ou Rato. Tinha falado com o Rato sobre essa possibilidade. Quando vi que necessitávamos de mais um volante para compensar, automaticamente colocamos um sistema com três volantes. Tive que tirar dois jogadores que estavam bem, precisei sacrificar dois jogadores por uma questão reorganização. Queria terminar com Luciano e Lucas — ou dar mais tempo a eles — porque os quatro da frente causam desequilíbrio, mas tive que compensar com o que acontece quando não tenho esse volante de experiência, como Luiz Gustavo, Alisson e Pablo Maia. É reestruturar a zona de meio, que para mim é fundamental."
Dois tempos distintos. "Os primeiros 30 minutos foram um espetáculo da equipe. Se estivéssemos mais afinados no último passe, poderia ter cravado 2 a 0 antes do intervalo. No 2° tempo, se a lesão não acontecesse, teríamos nos reencontrado com aquele jogo. O importante é que, de uma ou outra maneira, todos se esforçaram e ganhamos a partida, que terminou sendo complicada. São três pontos que damos valor. Do que vale ter sensação de que jogamos bem sem somar três pontos? Foi o que passou com o Atlético-MG. Hoje, fizemos um bom 1° tempo, mas um 2° tempo com vários acontecimentos que tornaram o jogo louco. Foram valiosos três pontos."
James Rodríguez. "Gostaria que falassem com o presidente, com o Rui Costa, com o Belmonte... sobre os movimentações. São eles os encarregados desta situação. Posso falar da parte futebolística, e vocês sabem o que penso. O time está em um lugar da tabela que é bom. Tivemos vários problemas com lesões importantes, mas de uma ou outra maneira, fomos respondendo."
Acréscimos e elogios a torcedores. "É a primeira vez que vejo isso aqui. Mas quero parabenizar nossos torcedores: quanto mais difícil estava o jogo, eles mais nos empurraram. Às vezes, as coisas acontecem para que todos participem mais e que façam mais parte ainda de um triunfo. No 1° tempo, tivemos 70% de posse, eles não passavam do meio do campo. Pensei: 'isso não é Brasileirão'. Depois, no 2° tempo, entendi o que era Brasileirão. É assim: fizemos um grande 1° tempo, mas no 2° tempo, eles poderiam ter empatado. Erramos gols bastante claros também, foi uma loucura."
Por que ficou no São Paulo? "A decisão de ficar são os meus valores. Claro que me sinto bem aqui, me sinto querido, mas sei que é futebol e que resultados são importantes. No começo da carreira, me questionava por certas atitudes, mas agora digo o que parece: vivo o futebol como vejo. Se quero falar com o árbitro falo, se quero falar com o jogador, falo... não atuo em nada. Gosto de desafios importantes, gosto de sentir pressão. O São Paulo me dá isso. A decisão de ficar não tem só respeito ao São Paulo, mas também com minha profissão. A única coisa que falei com minha diretoria é: 'penso no São Paulo'. Disse algumas coisas que achava. A decisão não é só pelo respeito ao contrato, mas também pela minha profissão. Não me permitiria sair de um clube como o São Paulo. Estou contente de estar aqui e vivendo, dia após dia, partidas dramáticas."
Desafios diante de lesões. "Temos algo bom como time e falei com os jogadores sobre isso: se as condições estão dadas e há uma comissão comprometida com a causa, há um norte aos jogadores. É fazer o que tem que ser feito. Tenho um grupo comprometido, com acertos e erros, com bons e maus rendimentos... é saber que precisamos ganhar. Deus queira que a gente sempre ganhe, mas é ter essa mentalidade vencedora. Isso a gente tem. O que sempre penso, e não penso só aqui, é que sempre é preciso reforçar o plantel. Como melhorar o elenco? Isso quem me deu foi a experiência. Quando parecia que tínhamos dois volantes de seleção, como Alisson e Pablo Maia, perdi em dois meses e meio. O lema de um clube é como melhorar o plantel. Para que existam especialistas em cada posição. Esse lema é preciso em todos os clubes. Lamentavelmente, hoje, não temos dois jogadores que seriam de seleção há dois meses e meio. É preciso substituir."
Futuro de Welington. "São temas que eu prefiro que vocês falem com a diretoria. Eles tomam a decisão, explicam os motivos... também me falaram sobre Juan. Eu não sei. Essa parte, não tenho os argumentos para dizer publicamente. Prefiro que eles deem argumentos sólidos e não falar por falar. Não sei o que vai acontecer."
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