Como lesão do 'protagonista' Alisson afeta próximos capítulos do São Paulo

Alisson tornou-se protagonista da temporada do São Paulo. O meio-campista foi, até a noite desta quarta-feira (17), quem mais atuou pela equipe no ano, com 36 jogos e mais de 2800 minutos em campo. O problema é que a fratura no tornozelo do jogador, ocorrida na vitória sobre o Grêmio, traz cenas misteriosas nos próximos capítulos da sequência Tricolor.

Novela dramática

O camisa 25 deve ficar fora de combate até o fim do ano. Ele se machucou ao cortar um passe na defesa de seu time e cair de mau jeito no gramado do MorumBis.

A contusão gera preocupação em Luis Zubeldía, que exaltou justamente o "protagonismo" de Alisson na atual temporada. O técnico ainda lamentou a falta de reposição na função exercida pelo atleta.

É um jogador experiente que, tanto nas fases com bola e sem bola, estava sendo importante. Este protagonismo que foi agarrando é notório. Assim tem que jogar um volante: como o Alisson. [...] São jogadores difíceis de substituição porque eles fazem bem as duas tarefas: a construção e a ocupação de espaço defensivo. É urgente: precisamos de jogadores ali. A diretoria sabe. Não se trata de ter opções. Há outros volantes, mas eles não jogam nesta função. Preciso de jogadores que atuem ali Luis Zubeldía

O São Paulo tem apenas Luiz Gustavo e Bobadilla como "atores" no setor. Além de Alisson, outro jogador com status de titular está fora por lesão: Pablo Maia.

Iba Ly e Negrucci seriam os coadjuvantes cotados para a reposição, mas não emplacam: os dois jovens ainda mostram uma intensidade menor em relação aos companheiros mais experientes nos treinos do CT da Barra Funda.

Reforçar ou improvisar?

Zubeldía ressaltou a urgência por reforços para o setor — ele também pediu um nome para substituir o zagueiro Diego Costa, vendido ao futebol russo.

O problema é que a diretoria do São Paulo vive dificuldades no mercado da bola. O clube espera repatriar Thiago Mendes, mas o volante encontra barreiras para ser liberado do Al-Rayyan, do Qatar, diante de um contrato que vai até junho de 2025.

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Liziero e Jhegson Méndez, por outro lado, estão de volta. A dupla retornou de empréstimo do futebol europeu e, sem grandes holofotes, ainda não foi utilizada entre os relacionados nos últimos compromissos da equipe.

As últimas opções dentro do elenco atendem pelos nomes de Nestor, Galoppo, Michel Araújo e Wellington Rato. Os quatro não são volantes de origem, mas já atuaram mais recuados com Zubeldía. O treinador, no entanto, sinalizou que utilizar um deles na função é algo "forçado".

Posso ir experimentando, mas não é aconselhável. Nesta posição, necessitamos jogadores que conheçam perfeitamente o cargo e que tenham um nível muito alto para poder jogar no São Paulo. Para mim, este setor é chave porque está em uma posição de construção. [...] Se não tenho jogadores espertos ali para representar minha ideia, lamentavelmente tenho que forçar outros jogadores. Graças a Deus, tenho jogadores que se entregam ao máximo e que querem ajudar, mas é claro que não são suas posições naturais Zubeldía

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