Flamengo bate o pé e Landim diz que chegou ao teto em proposta por Gabigol
O Flamengo bateu o pé na situação envolvendo a renovação de Gabigol. Em entrevista ao Charla Podcast, o presidente Rodolfo Landim afirmou que o clube não vai mudar a proposta feita, mas que os termos seguem na mesa caso o atacante queira ficar.
O que aconteceu
O Fla ofereceu um ano de contrato e mais aumento de quase 50% de salário. Gabigol se sentiu desvalorizado e recusou.
No sábado (20), o atacante falou que o clube não agiu de uma maneira boa. Ele, indiretamente, relembrou uma renovação que diz ter acordado com o departamento de futebol no fim de 2023 com cinco anos de contrato.
Landim disse esperar que Gabriel "volte a ter um desempenho esportivo compatível com o valor que ele está solicitando".
Fizemos um ano e um salário muito maior do que o que ele recebe hoje. Não posso dizer o número, mas é bem mais do que o que ele recebe hoje. Em cima daquilo que seria o valor acordado se fosse firmar um contrato de cinco anos com ele. Não é só reconhecimento. É dizer que espero que você aceite e que ele volte a ter um desempenho esportivo compatível com o valor que ele está solicitando. Por mais que a gente adore o Gabriel. Espero que não passe pela cabeça dele que eventualmente a gente não gosta dele, eu tenho uma gratidão eterna por tudo que ele e os outros jogadores nos entregaram. O dinheiro que temos não é para um reconhecimento, eu tenho que olhar para frente. Landim
Depois de tanto tempo conversando, chegamos em uma proposta para ele que é o nosso teto. Foi um ponto importante, esse contrato de um ano que queremos dar a ele. Ele já deu umas 10 declarações de que estava tudo certo. Para mim as coisas estão certas quando coloca no papel e assina. Eu não tenho nem conhecimento de que este pedido de contrato para chegar a mim tenha sido rodado. Tem negociações sim, a percepção de que iria evoluir, mas a decisão no final é do presidente. Um contrato de cinco anos para passar para a outra gestão, com os valores que estão ali, os valores... é difícil de aceitar.
Landim terminou dizendo que a proposta continua à disposição. "Está na mesa a proposta. Não tiramos a proposta. Ele controla a operação. Faltam cinco meses para acabar, ele pode assinar pré-contrato. É o que podemos dar. Ele pode até aceitar esse um ano, tem um desempenho excelente e pede ainda mais para renovar. Eu entendo o lado dele, tem muito menos risco se tiver um contrato de quatro, cinco anos. Mas ele tem que entender o lado do Flamengo também. Temos esse problema, mas acho que a comunhão dele com a torcida faça ele ficar no Flamengo."
O que mais ele disse?
Gabigol: "O Gabriel é um jogador que tem o nome marcado na história do Flamengo por tudo que fez e desempenhou. O problema é que, hoje, ele deixou claro que está buscando um contrato de longo prazo. Acho que fruto do que aconteceu ao longo de 2023 e 2024, independente do passado dele, nos valores que ele está colocando na mesa, um contrato longo desse tipo o Flamengo não está disposto a oferecer. Mas o Flamengo está disposto a falar que pega o contrato que ele está falando e dar um ano. Fizemos um ano e um salário muito maior do que o que ele recebe hoje. Não posso dizer o número, mas é bem mais do que o que ele recebe hoje. Em cima daquilo que seria o valor acordado se fosse firmar um contrato de cinco anos com ele. Não é só reconhecimento. É dizer que espero que você aceite e que ele volte a ter um desempenho esportivo compatível com o valor que ele está solicitando. Por mais que a gente adore o Gabriel, espero que não passe pela cabeça dele que eventualmente a gente não gosta dele, eu tenho uma gratidão eterna por tudo que ele e os outros jogadores nos entregaram. O dinheiro que temos não é para um reconhecimento, eu tenho que olhar para frente. Para o desempenho que provavelmente aquele jogador vai me dar a partir das informações técnicas que a turma que trabalha no futebol do Flamengo me fornece. Queremos que ele continue. Depois de tanto tempo conversando, chegamos em uma proposta para ele que é o nosso teto. Foi um ponto importante, esse contrato de um ano que queremos dar a ele. Ele já deu umas 10 declarações de que estava tudo certo. Para mim as coisas estão certas quando coloca no papel e assina. Eu não tenho nem conhecimento de que este pedido de contrato para chegar a mim tenha sido rodado. Tem negociações sim, a percepção de que iria evoluir, mas a decisão no final é do presidente. Um contrato de cinco anos para passar para a outra gestão, com os valores que estão ali, os valores... é difícil de aceitar. O mercado é grande. Flamengo quando faz essas coisas, estende contratos. David Luiz, que vamos voltar a conversar, Filipe Luís, os Diegos, Everton. Deixamos de gostar do Everton, que não renovou? Não. Adoramos ele pelo comportamento dentro e fora de campo. É excepcional. Está na mesa a proposta. Não tiramos a proposta. Ele controla a operação. Faltam cinco meses para acabar, ele pode assinar pré-contrato. É o que podemos dar. Ele pode até aceitar esse um ano, tem um desempenho excelente e pede ainda mais para renovar. Eu entendo o lado dele, tem muito menos risco se tiver um contrato de quatro, cinco anos. Mas ele tem que entender o lado do Flamengo também. Temos esse problema, mas acho que a comunhão dele com a torcida faça ele ficar no Flamengo. Que bom problema teremos se ele decidir algo. É tudo que nós queremos."
Paquetá: "Paquetá temos de analisar em cima de uma oportunidade. É um jogador que tem um contrato e, pelas notícias que temos, seria vendido por 85 milhões de libras. Tem a complicação toda que está envolvendo ele e isso ficou meio de lado. Temos interesse nele, óbvio. É criado na Gávea, tem identificação enorme. Ele é torcedor ferrenho do Flamengo. Estive com ele nessas férias, batemos um papo rapidamente. Espero que tudo se resolva de forma positiva para a vida dele, se isso vier a acontecer não tenho dúvidas que ele vai encerrar a carreira pelo Flamengo. Tem um amor gigantesco. Se pudesse contar com ele jogando... é camisa 10 da seleção brasileira. A gente tem que ver como esse troço vai evoluir. Precisamos conversar com o clube dele. Alguns movimentos a imprensa sabe, já fizemos, mas tem que aguardar algumas coisas que estão acontecendo. É um jogador que custou muito caro. Como o clube que tem ele se comporta diante de uma saída? O Flamengo está bem financeiramente, mas ninguém dá um passo maior do que as pernas. Tem que ter disciplina de capital, entender o tamanho do clube."
Claudinho: "Não escondemos que mantemos contato há muito tempo. Ele é objeto de desejo para nós. É meio ídolo lá, considerado melhor jogador na Rússia algumas vezes. Mas o jogador tem o lado dele de disputar campeonatos europeus ou internacionais. Lá ele não tem isso. Estamos usando um pouco esse potencial dele ter vontade de voltar. Buscamos de novo conversar com o empresário dele, mas entendi que chegamos a um acordo com ele, mas toda transferência de jogador é em três partes. Entre Flamengo e Claudinho não há problemas, o problema é com o clube que não quer se desfazer. Foi estabelecendo exigências. Chegamos a esse nível, mas foram lá e aumentaram. Isso é de quem não quer vender, é a percepção que passam. Imagino que o jogador não esteja feliz. Começa a estabelecer regras: quero esse preço aqui porque é o justo. Quando o clube chega, não é mais o justo. O jogador acertou com você. Imagino que o jogador não esteja feliz lá. Como será o comportamento do clube diante disso... a janela fecha só no dia 2 de setembro. Está só começando. Acreditamos em bom senso, mesmo sendo russo. Não sei o que vai acontecer, mas uma coisa é certa: não queremos trazer jogadores para serem mais um. Para trazer um, tem que trazer um diferencial."
Arrascaeta: "Não sei o que vai acontecer depois que eu deixar de ser presidente do Flamengo, mas enquanto eu estiver lá, o Arrascaeta não sai nem a pau. Eu acho que ele está feliz aqui. Procuramos sempre conversar, criar um ambiente bom. Está adaptado, casado, feliz. Gostamos muito dele, assim como gostamos de todos. É uma família que criamos. O ambiente é muito bom e o Tite é muito importante no processo."
Clube português: "Estamos negociando com os Leixões. Estamos avançando e, se formos mais adiante, vamos levar os detalhes para aprovação no Conselho."
Pedro poderia ter saído? "Só sob meu cadáver ou depositando a multa dele. Nunca [foi cogitado]. Foi tentada por outros. Publicamente a Leila falou na frente de outros presidentes de clubes que tinha uma proposta. Eu falei: "presidente, ótimo. Convença o jogador e deposita a multa. Se a senhora depositar, tira ele". Difícil de ele conseguir a rescisão no caso do soco. Destituímos o cara, tentamos fazer um ambiente bom. Cobramos o Sampaoli para ele voltar e fazer um ambiente bom. Foi tida uma conversa, mas talvez não no nível que precisava. O ambiente continuou ruim lamentavelmente."
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