Hugo Moura teve avô decisivo na carreira e cresceu com 'pior erro' no Vasco

Em processo de consolidação no Vasco, Hugo Moura carrega onde vai a imagem do maior incentivador que teve na carreira. Uma tatuagem feita em 2018 marcou para sempre o rosto do avô materno, Edno, que pegou a estrada para levar o neto aos treinos. Hoje, o volante acredita ter dado orgulho ao "coroa"

Eu tentei fazer um pouco da minha infância e o meu avô. Meu avô é tudo na minha vida. Desde que comecei no futebol, ele deu o máximo para eu chegar onde cheguei. Deixei o coroa orgulhoso. Me espelho nele porque é uma referência para mim. Ele, meu pai, minha mãe, meus avós, são referências para mim. Tudo o que eu tenho hoje, devo a eles. Hugo Moura, exclusivo ao UOL

A família dele era de Lídice, um distrito do município de Rio Claro, distante cerca de 153km da capital do estado do Rio de Janeiro. O começo foi no CFZ, mas depois veio a chance no Flamengo, onde fez boa parte da base e se profissionalizou. Ele, porém, ressalta o foco no presente, e fala em honrar a camisa do Cruz-Maltino. Aos 26 anos, ele chegou no Fla aos 12. Após alguns empréstimos, o vínculo acabou de vez em 2022, quando foi vendido ao Athletico.

Contra o ex-clube, Hugo Moura teve um erro que marcou o início no Vasco. Em três meses de clube, ele viveu um momento de turbulência na quarta partida pelo Vasco, quando foi expulso em partida diante do Furacão. O caminho para recuperar a confiança foi difícil.

Foi um momento difícil na minha carreira. Acho que foi o pior erro que já tive. Tentei me blindar ao máximo. Claro que vieram críticas de rede social e tudo. Tentei estar perto da minha família, minha esposa, dos meus amigos. Porque nesse momento ruim eles vão estar perto de mim. Claro que as críticas, às vezes, foram um ponto positivo também para eu virar um pouco a chave na minha cabeça. Hoje eu vejo tudo que passei contra o Athletico e te falo que ajudou muito o meu crescimento aqui no Vasco. Ajudou na mentalidade. Claro que não quero que aconteça o erro, mas falo que me ajudou.

Um momento que ajudou Hugo na identificação com a torcida foi uma comemoração efusiva após vitória contra o Corinthians. Em um resultado importante para a equipe em São Januário, ele apareceu girando o colete perto do banco e dançando com funcionários do clube. A reação foi só uma: já virou vascaíno.

aqui para vestir a camisa do Vasco nesse momento, estou muito feliz de estar aqui e pode ter certeza que vou honrar essa camisa do Vasco até o último dia que eu estiver aqui no clube.

O que mais ele falou?

Momento no Vasco

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Feliz de estar no Vasco e vestindo essa camisa. Todos sabem que passei por um momento difícil na chegada aqui. Com muita resiliência eu consegui me virar nessa situação e jogar. Não é fácil, porque eu tenho uma sombra agora do Souza. É um cara muito experiente, que veio para ajudar. Em cada treino a gente fica observando. É um cara que veio aqui mesmo no pensamento de ajudar o Vasco. É sempre uma disputa sadia que vai ter aqui dentro do clube. Claro que joga quem estiver melhor, quem vai decidir é o treinador.

Trabalho de Rafael Paiva

Costumo falar que no futebol os jogadores precisam muito da confiança. Nós estávamos sem confiança, era um momento difícil que o Vasco estava passando. Só os jogadores poderiam mudar. Eu não tive a oportunidade de jogar com o Pacheco, mas veio o Rafael, que me deu outra oportunidade. Também fui feliz. O time jogou bem, claro. Cada dia, cada treino, o Paiva vem passando confiança para os jogadores e deixa o ambiente leve para chegar no jogo e dar o nosso melhor.

Jovens

São meninos muito bons. Querem aprender e evoluir no futebol. JP e Estrela, quando o bicho estava pegando, colocaram a cara, ajudaram bastante. No dia do jogo eu só falo com eles para fazerem o que eles sabem. Deixar eles jogarem soltos, não ter pressão. Deixar a pressão para a torcida. São bons jogadores e vão fazer o melhor dentro de campo.

Volta ao Rio

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Acho que fiquei dois anos fora em Curitiba, longe do meu filho. Tiveram momentos difíceis de estar longe da minha família. Mas foi uma decisão tomada por mim, pela minha família, minha esposa. Não foi só por eles a volta ao Rio. O Vasco é uma grande equipe. Passou por um momento difícil, mas é uma camisa pesada.

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