Ramón entra na cabeça do elenco e faz Corinthians atacar até com um a menos

Um sinal foi o empate em 0 a 0 com o Grêmio, em que o Corinthians jogou melhor mesmo com um a menos no segundo tempo. O desempenho foi utilizado como exemplo no vestiário.

Os próprios jogadores admitem que Ramón Díaz "entrou na mente". A coragem é uma exigência nos treinamentos.

Está clara a nossa mudança. O principal da mudança do Ramón não é tático, o principal é a postura. Agressividade, vontade de jogar, personalidade para botar a bola no pé e ganhar. Nosso elenco é muito qualificado e nosso treinador nos deixa confortável para botar a qualidade para fora. É o que vamos fazer daqui para frente Hugo Souza

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Essa mudança de postura é relevante pelo contexto do ex-técnico António Oliveira, que estimulava um jogo mais conservador.

António não tinha vergonha de jogar pelo empate e repetia sempre o mesmo esquema tático. Sua demissão tem a ver com essa falta de repertório.

Ramón mexe a formação a cada jogo de acordo com o adversário e não falou em momento nenhum sobre priorizar a defesa, mesmo nos jogos como visitante contra Atlético-MG e Bahia.

Um pré-requisito para Ramón é a intensidade. Ele algumas vezes prioriza o físico em detrimento da qualidade técnica.

É por isso que Ryan e Charles ganharam mais espaço em relação a Breno Bidon, titular absoluto de António. O garoto é considerado uma promessa, mas virou reserva por marcar menos.

É com essa nova mentalidade que o Corinthians vai tentar driblar a maratona de jogos das próximas semanas. O time enfrentará o Juventude, domingo, pelo Brasileirão, e depois a volta da Copa do Brasil contra o Grêmio, quarta-feira, no Couto Pereira.