'Telê nunca deu bronca em Muller e Leonardo', revela ex-São Paulo

Guilherme Alves, ex-atacante do São Paulo, Atlético-MG e seleção brasileira, falou sobre o início de trajetória no tricolor em entrevista ao Zona Mista do Hernan, no ar nesta segunda-feira (12) no canal do UOL Esporte, no YouTube.

'Protegidos' de Telê Santana no SPFC: "O Telê dava bronca em todo mundo, mas nunca no Muller e Leonardo"

Idolatria no Galo: "Foi meu melhor momento no futebol. A passagem pelo Atlético foi surreal".

Acesso à elite do Paulistão com o Velo Clube: "Tivemos que tomar algumas decisões no andar da carruagem que normalmente não se tomam".

O futebol brasileiro ficou para trás? "Hoje, o talento sem o esforço não vai ter resultado, pode ganhar jogos, mas não competições".

Endrick em risco no Real? "Se o Mbappé não vai, o Endrick não chegaria para ser titular, mas iria jogar".

Protegidos' de Telê Santana no São Paulo

"O Telê dava bronca em todo mundo, Raí, Cafu, Cerezo, Alemão, Palinha, não tinha essa. Mas tinha dois caras que ele nunca deu dura: Muller e Leonardo. Ele era apaixonado nesses caras, e ele para ser apaixonado em atleta o cara tem que ser bom. Ele nunca deu uma dura nesses dois, jamais. O Muller era um jogador de hoje em 1993, completo. Batia com a direita e com a esquerda, tinha força, velocidade, inteligência e finalizava bem".

Idolatria no Atlético-MG

"Foi meu melhor momento no futebol. Eu falo que eu tivesse uma passagem muito boa no Rayo Vallecano, mas a do Atlético foi surreal. Por quê? Para chegar na seleção brasileira naquela época não era simplesmente estar voando, mas em órbita. Romário, Edmundo, Rivaldo, Ronaldo, dentre outras. Fiquei quatro anos lá, pena que não conseguimos o título brasileiro de 1999 e nem 2001, que foi o melhor time que joguei".

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Acesso à elite do Paulistão em 2025 com o Velo Clube

"Os favoritos eram São José, São Bento, Noroeste, Ferroviária, XV de Piracicaba, gastavam muito dinheiro perto da nossa realidade. O trabalho foi bem feito, os caras entenderam a metodologia de trabalho, tivemos que tomar algumas decisões no andar da carruagem que normalmente não se tomam, principalmente em um campeonato tão curto. Com a saída de alguns atletas, a diretoria tem o medo de você perder a mão do vestiário, mas essa experiência minha fora de campo é uma virtude minha".

O futebol brasileiro ficou para trás?

"Acho que é a escassez de mão de obra. O futebol mudou, esqueça antigamente, ficou para trás. Hoje, o talento sem o esforço não vai ter resultado, ele vai ganhar jogos, mas não competições. O futebol está mais dinâmico, se tem menos espaço do que tinha antigamente, então não sou saudosista a esse ponto de não entender que o futebol mudou. Acho que não ficamos para trás, hoje se tem um entendimento do que é o futebol em clubes grandes, agora se você descer na escada tem clube que não paga, não tem estrutura".

Endrick em 'risco' no Real Madrid?

"Acho bacana que o Mbappé foi para o Real Madrid, mas para nós é ruim. Nós teríamos a oportunidade do trio de ataque, que poderia ser o da Copa do Mundo de 2026, jogar dois anos juntos, Vinicius Junior, Endrick e Rodrygo. E essa possibilidade veio por água abaixo porque o Mbappé vai jogar. Se o Mbappé não vai, o Endrick não chegaria para ser titular, mas iria jogar. Teríamos um possível trio de ataque da próxima Copa jogando dois anos juntos em um clube que só tem competições importantes".

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O Zona Mista do Hernan, apresentado pelo colunista do UOL André Hernan, vai ao ar às segundas-feiras, às 12h, no canal do UOL Esporte no YouTube.

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