As discussões de Renato Portaluppi e de Tite com jornalistas após as derrotas de Grêmio e Flamengo, respectivamente, no Brasileirão, esquentaram o debate no Fim de Papo desta segunda (19).
Para Casão, o técnico gremista é autêntico em suas declarações, enquanto Tite atua na presença dos jornalistas. O comentarista pontuou que, enquanto Renato Portaluppi deixa claro o que o incomoda, o treinador do Flamengo não é transparente em suas declarações.
Para Marco Antônio Rodrigues, a distância entre jornalistas e treinadores explica as discussões mais frequentes. Marília Ruiz opinou que Renato Portaluppi usou a situação para ganhar pontos com os torcedores.
Já o colunista PVC entende que há um problema com o entendimento sobre a entrevista coletiva. Além disso, o jornalista opinou que nem Tite nem Renato Portaluppi foram mal-educados.
Classificação e jogos
O Renato passou do ponto. Ele passa do ponto quase sempre, seja debochando - quando o time dele ganha -, ou quando ele está irritado, discutindo com um jornalista. O Renato é desse jeito desde quando ele jogava futebol. Ele sempre foi assim. Desde que ele começou a ser treinador, esse é o comportamento dele. Se ele está certo ou errado, é outra discussão. Acho que, nessa entrevista, ele está errado, passou do ponto, foi mal-educado, grosseiro com o jornalista. [...] Mas o Renato é autêntico. Você vai fazer a pergunta e sabe que isso pode acontecer. No caso do Tite, acho que tem uma capa. É atuação. O Tite e o Titinho atuam na entrevista coletiva. E ontem eles só foram para a coletiva porque foram muito criticados por não terem ido depois da derrota para o Palmeiras. [...] O Tite fica deslizando, transfere a responsabilidade. [...] Ele faz a mesma coisa que o Renato, mas ele atua, parece que ele é bonzinho, que ele é legal.
Casagrande
Hoje em dia, a gente tem repórteres mais novos que fazem a pergunta, o assessor de imprensa rouba o microfone - é assim atrás das câmeras. O que o Renato fez foi expor alguém que não tinha como conversar. O Renato acha que o repórter não tem nada para falar, então não tem que perguntar. E, na sequência, ele fala que o rapaz fez um ano de faculdade, sem nem saber o curriculum dele. Só fez para crescer. Alguns técnicos fazem isso para ganhar ponto com a torcida. E é covarde. O Renato tem carisma e isso não pega nele como algo violento - como pega no Abel Ferreira quando ele faz igual. Acho que o Renato poderia não fazer isso. Mas, o que aconteceu com o Tite é que ele ficou chato. Ele reclama, reclama, reclama, fala pouco. Poucos amam mais o Tite do que eu - e eu me dou bem com ele. Mas, no microfone, ele é chato. Chato porque quer explicar o que é creatina, porque não quer que o influencer represente a torcida do Flamengo. Ficou chato.
Marília Ruiz
O Renato errou na forma. No conteúdo, ele falou muita verdade, da dificuldade do treinador. Na forma, ele foi estúpido, inconveniente, prepotente, mas no conteúdo, falou certo. Só errou de culpar a CBF por tudo. Os clubes aceitam o calendário, não falam nada, não brigam. A maioria topa tudo o que a CBF faz. [...] Antigamente, a gente assistia ao treino junto com o treinador no banco de reservas. [...] A gente criticava, mas com a informação correta. Em uma entrevista, a gente tinha mais argumento para conversar. A intimidade fora de campo deixava o jornalista mais qualificados para fazer perguntas. Hoje, ninguém vê treino, nada. É uma dificuldade muito grande. E o treinador vê todo mundo como inimigo.
Marco Antônio Rodrigues
A entrevista coletiva existe para ter perguntas e respostas. Se o entrevistador pergunta e o entrevistado responde, não tem problema nenhum, a não ser que o entrevistado seja mal-educado - o que não me pareceu que foi o caso nem do Renato e nem do Tite. O Tite falou: "escuta". Ele percebeu que o entrevistador estava tentando fazer a réplica antes da resposta. Não pode ser assim. Você pergunta, ouve a resposta. Se você conseguir, você faz a réplica. O cenário de hoje, por todos os canais do YouTube e influenciadores, ao invés de repórteres, é que a entrevista coletiva parece um espetáculo de TV. Mas ela não é. Não é um programa de TV ou de YouTube. É um cenário para o treinador explicar o que pensa sobre o jogo para a torcida. Por isso, sempre tem que ter a entrevista.
PVC
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09h - Posse de Bola - Eduardo Tironi, José Trajano, Juca Kfouri, Mauro Cezar Pereira, Arnaldo Ribeiro e Danilo Lavieri debatem os temas da semana.
11h - De Primeira - Domitila Becker, PVC e André Hernan revelam os bastidores do mundo da bola.
18h - Fim de Papo - Marília Ruiz, Renato Maurício Prado e convidados debatem os principais temas do dia no futebol.
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