Abel diz que Palmeiras teve problemas físicos e emocionais antes de quedas

O técnico Abel Ferreira disse que o Palmeiras teve um mês complicado com problemas físicos e emocionais antes das eliminações da Copa do Brasil e, agora, da Libertadores.

Problemas no Verdão. "Foi um mês que vocês sabem de metade das coisas, não de tudo. Um mês que começou pela dureza do sorteio, é sorte, é o que é. Tivemos problemas físicos dentro do time, tivemos outros problemas emocionais. Só consegui ter este elenco 80% só agora, infelizmente. Mas, na minha opinião, a tempo de fazer um grande jogo, mas infelizmente, tiramos os primeiros 15 minutos, deveríamos ter entrado no jogo primeiro, ter feito um gol primeiro".

Sentimento após o jogo. "Orgulho. Fica a demonstração daquilo que peço aos jogadores, há coisas que não controlamos: se a bola bateu na trave ou na mão. Ou se no melhor momento do jogo o adversário foi extremamente letal. Sorteio foi difícil. Caímos de forma digna contra o Flamengo, contra o Botafogo caímos com sentimento de orgulho. Triste, mas de cabeça erguida".

Aceitar eliminações. "Dar os parabéns ao adversário pela qualidade. Futebol é eficácia e felicidade, isso entra no jogo, não só competência e lado emocional. Para além da qualidade do nosso adversário, nós não fomos felizes, apesar dos três gols e ter um gol anulado. As regras são claras, quando bate na mão antes do marcador fazer o gol, tem que ser anulado. É aceitar, estamos fora da Copa contra o Flamengo, estamos fora da Libertadores contra o Botafogo, agora vamos lutar até o fim pelo objetivo que nos resta neste ano".

Confira outras respostas do técnico Abel Ferreira em entrevista coletiva

Fortalecido?

Os meus jogadores sabem, porque todos nós abdicamos de muito para fazer o que gostamos e temos a sorte de sermos bem remunerados por isso. Sempre digo que o dia que não sentir o desejo deles ganhar, não estou a 10 horas do meu país e dos meus pais para fazer nada. No ano que o Palmeiras não ganhar um título, não preciso continuar aqui. Mas isso me enche de orgulho: olhar para a nossa equipe.
Sofremos um gol de um lançamento de lateral, um gol esquisito para não chamar de outro nome; a seguir sofremos o segundo, depois nos agarramos ao nosso jogo. Pena que não fizemos o gol primeiro, porque criamos para isso.

Bolas aéreas

É uma das formas que temos de chegar ao gol, especialmente bola parada. Não é a única forma, mas há momentos que temos que fazer. Temos movimentos treinados, por exemplo no lance que infelizmente o Flaco não conseguiu fazer (o gol).

Caio Paulista

Fez uma atuação brilhante. Em relação às críticas, falamos dos torcedores que vem aqui ou que se escondem atrás de um telefone que não sei quem é? De quais torcedores? Nossos jogadores sentem um carinho grande dos torcedores cara a cara. Nós gostamos muito da torcida. Torcedor que tem blogs e tem que criar notícias? Isso faz parte, já disse como funciona o futebol. Nós recebemos nosso rendimento pelo nosso empenho, pelo nosso esforço. Vocês jornalistas recebem pelas notícias que fazem, pelos programas, pela confusão, alguns criam personagens para ter audiência, isso é uma bola, um ciclo. Todos, graças ao futebol, uns ganham de forma direta outro de forma indireta. Passo a informação do que é virtual e o que é real. Digo muitas vezes no campo e no CT para cuidarem uns dos outros, para cuidarem. Alguns jogadores, sobretudo alguns não cuidam. Alguns saem daqui e são protagonistas em outros clubes, falo o Breno Lopes, por exemplo. Se não cuidarem dos nossos, a cada jogo temos que mandar embora 10 jogadores. Se estão aqui é porque acreditamos. Perceberam porque a presidente e o Barros contrataram o Caio. Não é fácil trocar um rival e ter o desempenho que tem. Ainda bem que teve este desempenho, porque trabalha.

O que faltou

Milagres aqui não fazemos, só Deus. Precisávamos fazer o gol nas outras chances. O adversário tem qualidade também. Entrou bem nos primeiros 15 minutos, depois disso deu Palmeiras, fomos colocando pressão no adversário. Nós criamos para marcar um gol mais cedo. 26 finalizações contra 8. É futebol. O que posso te dizer? A bola do Menino que bateu na trave no último segundo do jogo. Não há como sempre arrumar desculpas, o adversário tem qualidade. O treinador viu o que fizemos lá e vocês sabem o quanto é forte o Botafogo. A partir do momento que nós conseguimos controlar o jogo, faltou eficácia. Criamos muito, mas os gols chegaram tarde.