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Como seleção feminina virou exemplo para Dorival na principal masculina

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/08/2024 05h30

O abraço entre Dorival Júnior e Arthur Elias depois do anúncio da convocação veio de um lugar de reconhecimento e admiração.

Referência do que aconteceu com a seleção feminina em Paris 2024 é clara. O enredo? Apesar de um momento de tropeço e instabilidade, veio um encaixe que levou à conquista da prata olímpica.

Conduzir o Brasil de volta a uma final de Copa do Mundo é um objetivo claro para Dorival, em 2026, nos Estados Unidos. Sobretudo porque a parte de dificuldade e instabilidade já aconteceu justamente em solo americano, na Copa América deste ano.

"Aconteceu um crescimento deste grupo. Um amadurecimento um pouco mais rápido, em razão do período que tivemos na Copa América. O que nós esperamos é uma resposta rápida. Tivemos um exemplo da medalha olímpica da seleção feminina, que tiveram momento conturbado dentro da competição. E é natural. Temos que saber administrar. Nos momentos mais difíceis, a resposta dessa equipe acabou acontecendo. É um exemplo para todos nós", disse Dorival.

Percalços

A seleção masculina tenta se reorganizar. O que vem pela frente são os jogos das Eliminatórias. O Brasil está em sexto, legado de uma passagem ruim de Fernando Diniz em 2023. Chega pressionado para vencer o Equador, em Curitiba, e o Paraguai, em Assunção.

Mesmo sob novo comando, a pressão por resultados não é amenizada porque faltou desempenho na Copa América. E olha que o Brasil não perdeu sob o comando de Dorival. Mas um festival de empates (na Copa América foram três em quatro jogos) não empolga.

Por ora, o que escora a confiança de Dorival é a perspectiva de evolução futura. A aposta nos jovens, ainda em um momento sem Neymar, reforçar a mensagem de renovação.

A seleção feminina também viveu isso com Arthur Elias. Herdeiro de Pia Sundhage, que não levou o Brasil para além da primeira fase na Copa do Mundo feminina, o multicampeão pelo Corinthians recebeu a tarefa de dar uma nova cara à seleção já com o horizonte de não ter Marta depois de Paris. E mesmo sem ela por causa da suspensão, vieram os resultados mais surpreendentes: vitórias sobre França e Espanha.

A prata surpreendeu, pelo que a seleção feminina vinha apresentando, e foi uma despedida digna para Marta. Arthur conseguiu imprimir uma característica nova, de intensidade, marcação pressão e contou também com bom momento da goleira Lorena.

Reconhecimento interno

A medalha catapultou a moral de Arthur Elias dentro da CBF. O presidente Ednaldo Rodrigues acompanhou a campanha in loco. A medalha, mesmo sem título, virou moldura na fachada da CBF e alterou as fotos que ornamentam a saída do museu na sede da entidade.

Dorival viu de perto o efeito no ambiente da CBF e tenta uma conquista para si. O plantio da seleção é agora: trouxe os novatos Estêvão e Luiz Henrique, reforçou a tentativa de consolidação de Endrick e corre atrás de um protagonismo mais consistente de Vini Jr. A meta é colher algum fruto interessante em 2026, mas ninguém quer que o Brasil só jogue bem daqui a dois anos.

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