Abel analisa cobranças no Palmeiras e revela conselho de Ancelotti

Abel Ferreira falou sobre a cobrança por resultados durante entrevista realizada após a vitória do Palmeiras contra o Athletico pelo Campeonato Brasileiro.

O que aconteceu

O técnico do Palmeiras citou Carlo Ancelotti, além de Jürgen Klopp e Diego Simeone, nas respostas da coletiva. O português revelou um conselho do italiano para não levar o futebol tão a sério.

Temos uma presidente que sabe mais do que tudo que o futebol é um jogo. Pode ser igual o São Paulo que ganhamos no último segundo, como no último segundo pode bater na trave e sair fora. Não é isso o que vai definir um bom treinador ou um mau treinador. Vocês têm o exemplo do Klopp. Oito anos no Liverpool, ganhou oito títulos, e um ano disse chega, o ciclo fechou. Temos o Simeone, no Atlético de Madri há 12 anos. Ganhou seis ou sete títulos e continua. Vamos trocar porque pediram que a gente troque? Ou porque não acreditamos no trabalho que está sendo feito?

Quem tem que decidir é nossa presidente e nosso diretor. São eles que têm essa decisão, portanto vamos dar continuidade ao nosso trabalho. há muita coisa pra fazer, há muito para melhorar dentro do clube. A vida do jogador é igual a nossa vida pessoal, não anda sempre para cima. Não sou eu que chuto, que passo, defendo, cruzo ou faço gol. A função do treinador é dar as coordenadas. No final de contas, quando não se ganha, ou quando os resultados não aparecem, quando temos que trocar alguma coisa, acaba sempre com o treinador. Aqui no brasil nós sabemos disso. Mas dentro do clube sabemos o quanto trabalhamos. Umas vezes vamos ganhar e outras vamos perder e empatar. Seguir o conselho de Carlo Ancelotti e não levar o futebol tão a sério. Abel Ferreira, em coletiva pós-jogo

O que mais Abel disse

Mudanças no elenco. "Nós sempre encontramos uma forma de jogar, uma equipe nunca está acabada. Há sempre momentos de dinâmica de equipes que nossos adversários começam detectar e temos que jogar um jogo entre gato e rato. Os jogadores não estão sempre no topo, e é por isso que temos 26 ou 27 jogadores, e eu já disse que é minha ambição ter dois jogadores do mesmo nível para cada posição. Vamos lá chegar."

Expectativa por desempenho x calendário. "Ninguém fala nos aspectos emocionais e psicológicos. Dou dois exemplos de grandes tenistas: Alcaraz e Djokovic. Um tenista que acabou de ser campeão olímpico e um dos melhores do mundo, se não o melhor, que é o Alcaraz. Nós fazemos dos jogadores máquinas e cobramos com essa densidade competitiva e a quantidade de lesões que temos assistido. Urge realmente dar uma semana para trabalhar como tivemos. Dar uma semana para descansar o corpo e a mente, preparar como deve ser cada jogo."

Sente que o ciclo está se encerrando? "Se deus quiser e se tudo ocorrer normalmente vai encerrar em dezembro de 2025."

O conselho de Ancelotti. "Carlo Ancelotti disse uma vez coisa que ecoa muito na minha cabeça: não leve o futebol muito a sério. Uma vez vai ganhar, outra vai perder, desfrute. Esse pensamento, essa mente que mente ou atua, que ela atue mais. Em relação ao processo, é minha função enquanto estou aqui é preparar o presente e o futuro. O meu futuro vai até 2025 e não falta assim tanto tempo, mas independentemente minha função é projetar sempre a temporada seguinte. independentemente do tempo que possa passar em um clube, o clube vai perdurar e nós estamos aqui hoje, como outros que estiveram no passado."

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Cobranças externas. "Desde que cheguei ao Palmeiras o barulho que vem é exterior. Ganhamos muito, 10 ou 11 títulos, na altura que a Leila me convenceu a renovar e a continuar perguntei quais eram os objetivos. Ela disse pelo menos um título por ano. No ano em que o Palmeiras não ganhar títulos não vale a pena vir aqui discutir. Temos objetivos presentes e sonhos futuros, precisamos trabalhar neles. Uma coisa é o barulho de fora, e temos que perceber tudo o que se passa. A história do Palmeiras, os processos, e que o futebol é um jogo."

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