Corinthians: Augusto Melo se diz tranquilo com impeachment e pede trégua
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, se disse "tranquilo" em relação ao pedido de impeachment oficializado por um grupo 90 conselheiros independentes do clube. Ele falou na zona mista após a vitória alvinegra sobre o Flamengo, em jogo do Campeonato Brasileiro.
O que ele falou?
Surpresa com pedido? "Nada, estou muito tranquilo, durmo bem. Até minha mulher brinca: 'Você tem um sono tão [profundo]'. Tenho minha consciência tranquila. Estou fazendo o bem do Corinthians, me dedico dia e noite. O Corinthians é minha vida depois da minha família. Estou preocupado com isso, e vem dando certo."
Finanças. "O que eu queria era profissionalizar o Corinthians, falei isso na campanha. Prometi quatro jogadores e já chegaram sete, ainda estamos no mercado para qualquer tipo de situação... estou preocupado com isso, em reestruturar financeiramente. Não adianta eu ir no mercado comprar jogador e, no outro dia, atrasar salário de quem está aqui. Queremos dar estrutura."
Pedido de trégua. "Eles que nos colocaram nessa situação. Por que eles não me ajudam? Se erraram, acertaram, não sei... venha nos ajudar agora. Sou presidente, minha preocupação e obrigação é arrumar isso aqui, e é isso que estamos fazendo. Peço uma trégua, deixem a gente trabalhar. Se eu errar, vou ser o primeiro a pegar meu boné e ir embora, mas o que estamos fazendo aqui é o bem do Corinthians, estamos profissionalizando o Corinthians."
Situação de Augusto
As lideranças do movimento apartidário entregaram o documento com o pedido de destituição de Augusto para Romeu Tuma Jr, presidente do conselho deliberativo. O ato foi oficializado no início da semana passada.
O UOL teve acesso ao requerimento de 19 páginas, que destaca a linha do tempo do desgaste político na atual diretoria, além das denúncias sobre a presença de "laranja" na intermediação do patrocínio multimilionário entre o Timão e a casa de apostas Vai de Bet.
O documento pede o afastamento imediato de Augusto e seus diretores, e exige que Tuma convoque uma reunião extraordinária para tratar do assunto nos próximos dias.
O 'Movimento Reconstrução' nada mais é do que uma ação apartidária, que reúne conselheiros independentes de diversos grupos que, sim, têm opiniões diferentes sobre vários temas, mas sabem que nesse momento é preciso deixar essas diferenças de lado e focar no bem maior, que é o Corinthians.Mário Gobbi, ex-presidente do Corinthians e um dos porta-vozes do grupo
O Corinthians está no limite. Não suporta mais todo esse desmando, toda essa confusão e falta de gestão. É preciso organizá-lo o quanto antes, seja para o clube parar de sangrar, seja para que nosso time dê a resposta no campo e saia dessa situação no Campeonato Brasileiro que aflige a todos nós.
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