Técnico do São Paulo dispara contra árbitros: 'Há um autoritarismo total'

O técnico do São Paulo, Luís Zubeldía, desta vez não foi expulso ou levou amarelo. Mas disparou contra o comportamento dos árbitros brasileiros após a derrota para o Fluminense no Maracanã. O argentino criticou o "autoritarismo total" dos árbitros, pegando como gancho a resposta deles à orientação de que só os capitães podem falar com os árbitros durante o jogo. E mesmo assim, tem capitão levando cartão.

"Eu não reclamo mais (em campo). Estou marcado, como já disse. Lamentavelmente, neste aspecto não posso ajudar meus jogadores. Mas por mais que seja capitão, me custa uma substituição. Não é só um cartão. Se eu deixo Rafinha meio tempo a mais, o expulsam. Não é só o equívoco do árbitro, que está à vista. Mas também te condiciona dando um amarelo ao capitão. Se Rafinha não pode falar, quem pode falar? Ninguém. Há um autoritarismo total dos árbitros. Nem o capitão pode falar?", disse Zubeldía, referindo-se ao que aconteceu após o primeiro gol do Fluminense com o lateral-direito do São Paulo.

Exemplo do jogo do Inter. "Olha o que fizeram no Internacional? Trocaram a faixa de capitão para falar com o árbitro. Isso eu não vi em lugar nenhum do mundo. Mas entendo por que faziam isso. Porque cada capitão que falava, levava cartão. Não respeitam nome, trajetória e contexto. Não respeitam nada. Que não me respeitem, que sou estrangeiro, técnico... Mas que não respeitem Lucas Moura, Rafinha, os capitães de outras equipes... Eu acho que deveriam rever essa parte. Pelo contexto, deveriam ter mais humildade".

Reclamação após o primeiro gol. "O capitão deveria falar porque havia confusão. Se o árbitro não apita como vai permitir que o Thiago toque com a mão. Depois voltou a ver as imagens. Se dá vantagem, dá de costas para as jogadas e Thiago coloca a mão. Foi ver ao VAR e não sei o que falta. Não apitou. Como cobrou a falta se estava de costas?"

O que mais Zubeldía disse

Como foi o jogo

"Para fazer uma análise da partida, o primeiro tempo, até o gol, esteve muito equilibrado. O gol, em uma jogada com uma virtude grande do centroavante, que gira e chuta. Mas nós estávamos controlando parte do jogo. Tínhamos conseguido uma situação de William, na esquerda. Depois do gol, tiveram dois ou três cruzamentos. Mais do que por perdermos a bola do que pela construção deles. No segundo tempo, nos vimos obrigados a mudar por cartões amarelos, por ter mais situações individuais. Uma questão lógica que iriam buscar o contragolpe. Creio que para ganhar como visitante, teríamos que converter as três, quatro situações que tivemos".

Justiça?

"A equipe teve boa partida, mas a contundência geral da equipe, os rivais estão sendo mais contundentes do que nós. Tem que ter calma, creio que em algum momento podemos recuperar isso, temos jogadores com gols, nossas oportunidades. Assim como em algum momento do campeonato não gerávamos tanto e éramos contundentes com os gols, creio que teremos essa parte. Fomos buscar, tivemos domínio da bola, territorial. Faltou só esse gol para ter as coisas igualadas e a expectativa de ganhar. É injusto o resultado. Talvez no futebol justiça ou injustiça não tenha muito sentido, mas creio que merecíamos mais, conquistar algum ponto. Isso eu tenho certeza".

Continua após a publicidade

Por que William titular?

"William, para mim, nos deu amplitude na esquerda. Por questão de intensidade, abrir o jogo, fazer as tabelas e centralizar mais a Lucas, para que não tenha tanto desgaste pelo acúmulo de jogos. Ele fez um bom jogo. O segundo como titular. Gerou duas situações boas. Mostrou personalidade, está mostrando condições. Temos que ir de vagar, claro".

Sabino na zaga

"Sobre Sabino, ele vinha jogando, vi bem nas duas partidas anteriores. Jogou bem, embora o atacante girou em cima dele e fez o gol. Por virtude dele. Estou gostando dele. Mas não quer dizer que seguirá titular. Vamos ver jogo a jogo. Ele jogar agora tem a ver com a continuidade do último jogo. Ele merecia jogar para continuar mostrando".

Deixe seu comentário

Só para assinantes