Mais curinga, Gerson vai da cirurgia à seleção: 'Poderia não jogar mais'

O começo de temporada afastado por um problema renal que resultou em cirurgia se transformou no retorno à seleção brasileira. O meia Gerson, do Flamengo, valorizou a guinada pessoal no ano.

Cada vez mais curinga, ampliando a versatilidade no time de Tite, agora ele coloca o talento à disposição de Dorival Júnior na seleção brasileira. Não pinta como titular, mas chega com o embalo de quem tem se destacado e atuado de forma seguida por 34 jogos no Fla.

"Passei por um momento muito difícil. Como atleta, a gente sabe do risco de lesão. Mas meu caso foi diferente, não foi lesão no meu trabalho. Tive o apoio de todos os meus familiares, companheiros, do clube. Batalhei muito para estar aqui. Vivo um grande momento e espero continuar. Estar aqui é difícil, só tem jogadores de alto nível. Fico feliz por estar de volta. É um momento muito importante para mim. Há meses, eu poderia ter recebido notícia de não jogar mais futebol pela cirurgia e hoje represento meu país. Quero desfrutar disso", disse Gerson, em coletiva nesta quarta-feira, em Curitiba, onde o Brasil se prepara para os jogos pelas Eliminatórias contra Equador e Paraguai.

Em qual posição jogar? "O importante é estar aqui, não importa onde for jogar. Fico feliz de estar de novo. Teremos tempo para conversar com o professor, fico feliz de voltar. Trabalhei bastante para estar aqui após problema sério de saúde. Fiz bem no meu clube para representar meu país. Já que sou o curinga, não importa a posição. O que importa é fazer parte do grupo".

Jogadores do Brasileirão na seleção. "Vale ressaltar a qualidade dos nossos jogadores, do campeonato. É importante para nós e para o Brasil ver que também temos um grande campeonato aqui. Se parar para pensar, a maioria que serve os outros países são brasileiros. Falei isso no Flamengo. Temos que valorizar mais nosso campeonato".

O que mais Gerson disse

Novo ciclo

"Desde quando chegamos, fomos muito bem recebidos, do hotel para o treino, na volta. É um novo ciclo, né? Estreia do professor nas Eliminatórias. Será um jogo difícil, treinamos focados e trabalhamos forte por um grande jogo".

Ambiente e pressão

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"Somos todos brasileiros, não há rivalidade entre jogadores e torcedores. Juntos somos mais fortes, chego agora em novo ciclo após outras convocações. Todos focados por um bom trabalho, bom futebol. É bom para o nosso país, nosso futebol. O mais importante é o futebol do nosso país".

Carinho da torcida mesmo em fase ruim

"É importante. A torcida com jogadores nos deixa fortes. O país ganha com isso. Crianças se emocionando, muita gente. Isso nos dá forças para conseguir dois grandes resultados".

Armação do Brasil

"Temos grandes jogadores, por isso é muito difícil ser convocado. Fico feliz pela oportunidade. Vim aqui para me entregar de corpo e alma assim como todos os outros. O foco aqui é fazer o melhor. Nos dedicamos em todos os treinos para isso".

Mudanças no Gerson

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"Cada dia é um aprendizado. Aprendemos uma coisa hoje, amanhã outra, e amadurecemos mais. Novo Gerson agora, com outras responsabilidades. Me vejo bem, no meu modo de ver estou no auge fisicamente depois do que eu passei, com cabeça boa".

Experiência x renovação na seleção

"Por mais que eu não tenha tanta experiência assim na seleção, tem Danilo, Alisson e Marquinhos bem mais experientes para eu aprender. Não tem essa de idade. Aprendemos com os mais novos e vice-versa, a vida é assim, uma troca de aprendizado. Estou sempre à disposição para passar um pouco da minha experiência e aprender um pouco, mesmo entre mais jovens e os mais velhos".

Equador

"Sabemos que será um jogo difícil. Trabalhamos muito fortes, focados no objetivo para fazer uma grande apresentação".

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