Gabriel Oliveira, diretor jurídico da Esportes da Sorte, patrocinadora máster do Corinthians e que é alvo da operação 'Integration', da Polícia Civil, detonou a investigação em vídeo distribuído pela assessoria de imprensa da empresa. A casa de apostas também patrocina o time feminino do Palmeiras.
O que aconteceu
Gabriel Oliveira definiu o episódio como 'triste, desarrazoado, desproporcional e irresponsável'. Para ele, a situação 'advoga para o retrocesso do país'.
O diretor disse que a Esportes da Sorte segue à disposição da Justiça. Ele também afirmou que a empresa é inocente no caso.
O que ele disse?
A situação deflagrada pela operação Integration é um desserviço à nação e atenta contra o que deveria ser a sua finalidade, a verdade. Somos 'culpados' pela transparência, por termos comprovações e funcionarmos dentro da legalidade. Inclusive, com toda a operação financeira sendo feita através de instituições íntegras e com procedimentos homologados pelo Banco Central.
Nos acusam de obscuridade quando desde o nosso surgimento nos colocamos dentro de uma sala lotada de refletores ao sol do meio-dia. Temos a certeza da nossa inocência, seguimos onde sempre estivemos, à disposição da Justiça. Temos a certeza que tudo isso será lembrado como um episódio triste, desarrazoado, desproporcional e irresponsável.
O que está acontecendo advoga para o retrocesso do país. A irresponsabilidade com a qual nos deparamos rasgou com o que se conhece sobre garantias fundamentais. Gabriel Oliveira, diretor jurídico da Esportes da Sorte, em vídeo divulgado
Investigação contra a Esportes da Sorte
A Esportes da Sorte é uma das empresas investigadas na operação Integration. Na última semana, a investigação levou à prisão da influenciadora Deolane Bezerra e do CEO da empresa, Darwin Henrique da Silva Filho.
Polícia apreendeu dinheiro e joias de Darwin Henrique da Silva Filho. O advogado Pedro Avelino, que representa o empresário, falou com a Globo. "É importante registrar que a gente já se colocou à disposição da autoridade policial há mais de um ano e meio."
A investigação começou em abril de 2023 e tem o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil cumpre 19 mandados de prisão, 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e valores, bloqueio judicial de ativos financeiros e outras medidas cautelares diversas de prisão. Todos expedidos pelo juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife.
Justiça determinou bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. Os investigados também devem entregar passaportes e, se for o caso, terão o porte de arma suspenso.
Polícia apreendeu um helicóptero, carros de luxo e dinheiro vivo, incluindo dólares e euros. Imagens divulgadas pela Polícia Civil de Pernambuco também mostram dezenas de joias apreendidas. A polícia ainda não informou a propriedade de cada bem apreendido.
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