Destaque na seleção, André rechaça 'efeito Premier League': 'Nem treinei'

O volante André foi um dos destaques da seleção brasileira na vitória magra sobre o Equador, pelas Eliminatórias. Efeito da Premier League? O jogador que acabou de se transferir do Fluminense para o Wolverhampton foi sincerão:

"Não. Impossível. Nem treinei. Tem nada a ver".

André foi um dos que deram entrevista neste domingo (8), em Curitiba, onde a seleção faz a segunda perna de preparação nas Eliminatórias, pensando no Paraguai, adversário de terça-feira.

O jogador não aponta ainda o efeito do futebol inglês até porque viveu uma maratona nos últimos dias, com a mudança de ares e confirmação da transferência.

"Meus últimos dias foram bastante corridos. Negociamos a transferência na quarta, tive que viajar na quinta, cheguei em Londres na sexta, viajei para a cidade do jogo, entrei na partida e voltei para o Brasil. Não estava agoniado, mas minha uma relação com o Fluminense que foi muito clara. Tínhamos palavra, fizemos acordo. O acordo ano passado era eu ficar. E neste ano, era para eu sair. Eu estava pensando, estava chegando no fim da janela. Mas a diretoria sempre foi clara comigo e meus empresários. Acabou que deu tudo certo e ficou bom para todo mundo", afirmou o jogador, vendido por 22 milhões de euros (R$ 135 milhões).

Ainda iniciando a respirara os ares da Premier League, André tem na seleção a chance de uma antecipação do que vai encarar lá. Ele é companheiro de time de João Gomes e forma dupla com Bruno Guimarães no meio-campo do Brasil.

"O Bruno e o João estão me ajudando bastante. Bruno, por já ter trabalhado com Diniz antes, até nas outras convocações, já conversava bastante comigo. E o João está me passando todas as informações. Estou ansioso para viver essa experiência. Um dos campeonatos mais disputados do mundo. Não tive tempo de conhecer, estive em um jogo, foi tudo muito rápido. É aproveitar o máximo deles aqui, colher o máximo de informações, se dedicar, buscar fazer uma grande temporada e dar continuidade na seleção", comentou André.

O que mais André disse

Adaptação na seleção de Diniz para Dorival

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"É quase tudo diferente. Porém, quando cheguei aqui com Diniz, eu já estava super adaptado, ficava mais à vontade no esquema. Mano é mais parecido com o trabalho do Dorival. Esse tempo serviu para me adaptar ao jogo mais posicional que eles pedem. Dorival tem boas ideias, tem esse jogo posicional, mas procura deixar o time muito ofensivo, procura que a gente trabalhe a posse no campo de ataque, com respaldo para atacar defendendo".

Perda da Copa América por lesão

"Fiquei muito triste. No pós-Copa eu estive em toda as convocações e próximo da Copa América tive uma lesão chata de joelho. Fiquei muito chateado, mas Deus sabe de todas as coisas. Eu estava torcendo muito para o Brasil dar certo. Jogando ou não, vou sempre torcer e vibrar muito pelos meus companheiros. São coisas que não podemos controlar, mas voltar na primeira convocação e como titular é mais um motivo para eu agradecer, um combustível para jogar muito e dar a vida".

Desempenho na seleção

"Tem alguns jogos hoje que são complicados, ainda mais aqui no Brasil. Algumas seleções chegam com esquema defensiva muito fechado. O Equador, por exemplo, veio com linha de cinco, tirando a liberdade dos pontas. Eles sempre chegavam junto e as equipes ficam bem fechadas, o que dificulta um pouco. Sobre o meu desempenho, vou sempre me esforçar ao máximo e dar a minha vida, como sempre fiz. Costumo dizer que o meu papel dentro do campo é ajudar o companheiro, tudo o que eu faço é pensando na equipe. Primeiramente, ajudar defensivamente e se for possível contribuir na saída de bola, na transição para o ataque. Vou sempre dar a minha vida pela equipe para ajudar sempre".

Juventude e experiência na Seleção

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"Para os mais novos que chegam, é importante esses jogadores experientes que estão há mais tempo para nos dar confiança e apoio. Mas hoje no futebol, independentemente da idade, quem está dentro de campo tem que render e a expectativa é até maior. Os experientes nos ajudam e nos dão muita confiança para responder. No jogo passado, estávamos com uma situação delicada na tabela e quem entrasse ia ter que dar resultado. Endrick, Estêvão, Luiz Henrique... O pessoal do ataque acaba recebendo mais atenção e acredito que essa mescla vá dar certo".

Proximidade a Luiz Henrique

"Converso muito com o Luiz porque estava com saudade dele. Fizemos a base toda juntos, subimos juntos para o profissional, era meu companheiro de quarto, um moleque muito gente boa, e que precisava dessa ajuda aqui. Ele é um menino que precisa muito de atenção, precisamos conversar com ele para que se sinta bem. Mesmo eu também sendo novo aqui, mas por ter convocações em sequência é importante dar essa ajuda para que ele se sinta bem e em casa. É difícil você chegar jovem na Seleção e já ter que jogar. Imagino que deva ter ficado ansioso, nervoso... Por isso, temos que ter paciência e cuidado com Endrick, com Estêvão. É um processo. Não é todo jogador que vai chegar e decidir os jogos. É importante que quem está há mais tempo converse conosco para esperar a hora certa. Assim como ajudo eles, busco ajuda também em quem está fora, em todo staff".

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