Dorival admite que seleção se perdeu e teve pior momento sob seu comando

O técnico Dorival Júnior reconheceu que o primeiro tempo da derrota do Brasil para o Paraguai foi o pior momento da seleção sob seu comando. O treinador ainda admitiu que a equipe se perdeu depois de levar o primeiro gol.

O tropeço em Assunção foi a primeira derrota de Dorival à frente da seleção. E logo depois do treinador dizer que poderia ser cobrado se a equipe não chegar à final da Copa do Mundo.

"De um modo geral temos que buscar equilíbrio rapidamente. Temos um posicionamento, uma postura que nos dá a posse, troca de passes com velocidade, e nos falta detalhe mais importante: infiltrações no momento final para sermos mais incisivos e diretos. É uma pena isso. Trabalhamos bastante para melhorar essa situação. Isso acabou comprometendo hoje o nosso resultado, principalmente pela primeira etapa em que deixamos muito a desejar", disse Dorival.

Rotação do time e muitos jogadores novos. "As alterações são muito mais por necessidade. Não tínhamos Raphinha para a primeira partida, perdemos Savinho e Pedro. Alguns seriam mantidos, outros de característica diferente viriam. Temos que assumir, todos nós, mais responsabilidade. Encontrar caminhos para ser decisivos em momentos oportunos de partidas. Começamos bem, mas levamos gol, nos perdemos e passamos o primeiro tempo sem se aproximar do gol adversário. Isso pesa muito. 30 ou 35 minutos fazendo pouco, agredindo pouco, não se aproximando do gol adversário. Pagamos um preço alto por isso".

Instabilidade emocional dos jogadores. "Não é pelo momento, pela situação. Instabilidade natural dentro de uma partida, briga-se pelo melhor e nem sempre acontece. Não aconteceu só com ele [Vini], primeira etapa foi muito carregada e nos faltou muita coisa. Sou responsável por isso, não quero penalizar atleta nenhum. Temos que trabalhar e entender que precisamos de muito mais. Buscamos a todo custo, não é simples, não é fácil. É trabalhoso e temos que encontrar esse caminho rapidamente".

E Neymar? "Primeiro ele tem que retornar dentro do seu clube. Até então não há como fazê-lo. Estamos sempre em contato e tentando entender seu momento, torcendo pela recuperação. Temos que aguardar. É um processo lento, moroso. Prefiro que o clube passe essas informações. Temos, mas não acho digno falar de um atleta que não está à disposição do clube".

Os próximos jogos da seleção brasileira serão em outubro, contra Chile e Peru, também pelas Eliminatórias.

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