STJD multa Botafogo por bonecos de Leila e presidente da CBF enforcados
O Botafogo teve confirmada a condenação ao pagamento de multa de R$ 80 mil por causa dos bonecos da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Os objetos foram enforcados no entorno do estádio Nilton Santos antes do jogo entre os dois times pelo Brasileirão.
O que aconteceu
A decisão foi tomada nesta quinta-feira, pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A votação foi dividida. Três dos nove auditores chegaram a votar pela absolvição do Botafogo.
Dos seis que votaram para a condenação, dois defenderam a redução da multa para R$ 50 mil.
Mas a tese que prevaleceu, com quatro votos, foi a que estava consolidada desde a decisão em primeira instância, de punir o Botafogo com os R$ 80 mil.
A condenação do Botafogo veio com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O clube foi julgado por "deixar de prevenir e reprimir desordem na praça de desporto".
Dentro ou fora do controle do clube?
O Botafogo alegou que o fato aconteceu fora do estádio, em um local em que a polícia deveria agir e não o clube.
Os bonecos foram pendurados na rampa de acesso da estação da Supervia para os arredores do Nilton Santos.
"Entendo que o fato ocorreu dentro da praça desportiva. Os bonecos foram pendurados em frente ao setor sul, destinado à torcida visitante", disse o relator do caso, o auditor Rodrigo Aiache, que inaugurou os votos no julgamento.
O Botafogo tentou convencer de que fez tudo o que estava ao alcance e que não teria nada além para impedir que um torcedor pendurasse os bonecos.
"O Botafogo aumentou efetivo de segurança privada, sugeriu aumento de efetivo policial. Tão logo ocorreu o problema, o Botafogo comunicou a PM. Ali, qualquer tipo de repressão deveria ser da PM. O Botafogo não pode colocar segurança na passarela. Quando o poder público tomou conhecimento, fez a retirada dos bonecos. A polícia, depois de alguns dias de trabalho investigativo, identificou o torcedor e o nome dele foi encaminhado para o Ministério Público. Ele já estava afastado e banido, por ser de uma torcida afastada", argumentou o advogado do Botafogo, André Alves, sem, no entanto, conseguir a maioria necessária para livrar o clube da punição.
Julgamento de Textor adiado
O Botafogo teria outra pauta no STJD nesta quinta-feira, em primeira instância. John Textor seria julgado, em um caso que pode render até 810 dias de suspensão. Mas o processo foi adiado.
O relator do caso na 5ª Comissão Disciplinar, o auditor Lucas Brandão, deu prazo de 10 dias para que Textor responda os questionamentos feitos no inquérito sobre as acusações que ele fez de manipulação de partidas.
A denúncia contra Textor ficou pesada porque a procuradoria considerou que ele ofendeu a honra de Palmeiras, São Paulo, Fortaleza, além do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e do árbitro Bráulio da Silva Machado, que apitou o Botafogo x Palmeiras do Brasileirão 2023.
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