Gabi Portilho relata dificuldade com ar de SP antes de final do Brasileirão

Gabi Portilho, atacante do Corinthians, sofre com problemas respiratórios desde a infância, mas passou a usar bombinha para asma após contrair covid-19 na pandemia. Porém, a qualidade ruim do ar em São Paulo tem piorado a situação da jogadora dias antes da final do Brasileiro Feminino contra o São Paulo, neste domingo (15).

O que aconteceu

São quase duas semanas com qualidade ruim do ar na região metropolitana, com altos níveis de fumaça e poluição, provenientes de queimadas. No estado, desde o início do mês, 1.758 focos de queimadas foram identificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Eu comecei a ter dificuldade de respirar, e quando peguei covid deu uma piorada. Eu tentava respirar fundo e o ar não vinha, sabe? Era muito ruim. Aí foi quando eu fiz exame e tive que usar essa bombinha, inclusive com corticoide, duas vezes ao dia. Infelizmente, aqui em São Paulo, está muito difícil.Gabi Portilho, atacante do Corinthians

A qualidade do ar continuará ruim neste domingo (15), segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), apesar de a expectativa ser de temperaturas mais amenas e da previsão de chuva.

As Brabas do Timão enfrentam as são-paulinas no MorumBis, às 10h (horário de Brasília), pela primeira partida da decisão.

Já reclamei várias vezes sobre horários e essas coisas, mas, infelizmente, o que está acontecendo em São Paulo, eles [organização] também não tem esse controle, né? Está bem difícil. Acho que, desde às semifinais, em Jundiaí, contra o Palmeiras, particularmente já senti muita dificuldade. E assim, é gritante mesmo. E é muito calor também, é terrível para quem joga e para quem vai assistir.Gabi Portilho

"Quem tá de fora assim, é muito fácil falar, mas é difícil estar ali dentro [do campo], ainda mais agora nesse momento, então a gente já tem dificuldade no treino, quem dirá num jogo que é muito competitivo, muito pegado", acrescentou a jogadora indicada à Bola de Ouro deste ano.

Na visão de Gabi, os horários estabelecidos para a disputa de partidas importantes do futebol feminino tem impacto negativo no espetáculo. No entanto, esses horários atendem às grades das detentoras de transmissão.

Além de atleta, nós somos seres humanos, então a gente não pode eh viver essas coisas. Sabe eu acho que não não espera eu espero na verdade. Eu não espero que as coisas mudem só depois que aconteça algo de ruim sabe? Então eu falo eu questiono. Infelizmente, são jogos grandes, que tem muita intensidade e que podem trazer uma visibilidade muito maior para quem está assistindo. Só que com calor, com a dificuldade de respirar, a umidade baixa, acaba sendo um jogo que não é tão pegado. Fica um pouco mole, porque é difícil.Gabi Portilho

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