Botafogo pega São Paulo e vê novo 'desafeto' de John Textor na Libertadores
O Botafogo tem, novamente, um "desafeto" de John Textor no caminho da Libertadores. A equipe alvinegra luta por vaga na semifinal com o São Paulo, que tem como presidente Julio Casares.
O mandatário tricolor já teve rusgas com o dono da SAF do Glorioso em meio às acusações de manipulação de partidas do Brasileiro de 2023. A rixa, porém, ficou em segundo plano diante da grande repercussão dos embates — e também pela disputa do título no ano passado — de Textor com Leila, presidente do Palmeiras, que foi eliminado pelo Alvinegro nas oitavas.
A diretoria do Tricolor paulista acionou o dono da SAF do Botafogo em diversos âmbitos judiciais. Casares também prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga manipulação no futebol brasileiro
Em abril, o São Paulo divulgou um vídeo em que o mandatário classificou a acusação de Textor sobre manipulação na partida Palmeiras 5 x 0 São Paulo, pelo Brasileiro 2023, de "insensata" e "irresponsável". (veja vídeo abaixo).
O São Paulo está tomando medidas práticas e objetivas junto ao STJD, à esfera civil e à esfera criminal. É lamentável que instituições importantes do nosso futebol sejam atingidas por um ato impensado, irresponsável, e sem nenhuma conotação ao Botafogo. (...) Se ele afirma ter ocorrido irregularidades, que ele prove, mostre documentos. Mas não fale abertamente atingindo milhões de torcedores, atletas, instituição, homens que construíram marcas importantes, como é o caso do São Paulo Futebol Clube
Casares, presidente do São Paulo
No fim do mesmo mês, Textor citou Leila e Casares em entrevista após a derrota do Botafogo para o Junior Barranquilla, na fase de grupos da Libertadores. "Leila, abaixe suas armas. Você não sabe quais evidências eu entreguei. Julio, São Paulo... Cara, você é meu amigo. Eu não pude falar com você sobre isso por causa da natureza das provas que eu tenho".
Em maio, o presidente tricolor compareceu ao Senado. Na ocasião, questionou a plataforma de inteligência artificial e a forma como ela foi utilizada para as acusações de Textor. "Eu sou sempre a favor da ciência, mas acho que temos que ter preocupação dentro da inteligência artificial, que são dados superficiais, sobre a reputação de um jogador", disse.
É muito irresponsável sem ter o prejuízo de apurar, fazer um juízo de valor. Aquele jogador que teve 80% de passes errados, isso não significa que ele está envolvido. Tem que apurar, mas a responsabilidade deve ser medida pelo que ele fala.
Casares
O julgamento de Textor no STJD, que aconteceria na última quinta-feira (12), foi adiado. O relator do caso na 5ª Comissão Disciplinar, o auditor Lucas Brandão, deu prazo de 10 dias para que Textor responda os questionamentos feitos no inquérito sobre as acusações que ele fez de manipulação de partidas. O caso pode render 810 dias de suspensão.
A denúncia contra o norte-americano ficou pesada porque a procuradoria considerou que ele ofendeu a honra de Palmeiras, São Paulo, Fortaleza, além do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e do árbitro Bráulio da Silva Machado, que apitou o Botafogo x Palmeiras do Brasileirão 2023.
Textor x Leila
No mesmo dia em que Textor seria julgado, o STJD confirmou a condenação do Botafogo ao pagamento de multa de R$ 80 mil por causa dos bonecos da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Os objetos foram enforcados no entorno do estádio Nilton Santos antes do jogo entre os dois times pelo Brasileirão.
O jogo aconteceu em julho e, à época, o cenário para a partida era de bastidores quentes. Leila Pereira nem sequer viajou para o Rio de Janeiro. A mandatária entendia que, depois das acusações e dos ataques feitos por John Textor a ela e ao Palmeiras, não fazia sentido ela ir ao Nilton Santos.
O episódio foi mais um das arestas entre Textor e Leila, que teve até mesmo ação judicial de ambas as partes.
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Quero receberBriga judicial por Tchê Tchê
O São Paulo acionou o Botafogo na Justiça por valores devidos pela transferência de Tchê Tchê, anunciada pelo Alvinegro em abril de 2022. O Tricolor paulista aponta parcelas e outras quantias, como bônus por desempenho do jogador, não quitados. Assim, faz um requerimento de R$ 3.774.730,75.
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