Fluminense faz no fim e vence Atlético-MG na ida com Ed Sheeran na torcida

A definição da vaga acontece na quarta-feira (25), na Arena MRV, em Belo Horizonte, às 19h.

O cantor Ed Sheeran estava no estádio. Ele é uma das atrações do Rock In Rio.

O Atlético-MG ficou muito retraído e não acelerou nos contra-ataques, em um jogo no qual a dupla Hulk e Paulinho foi discretíssima.

Ex-tricolor, Gustavo Scarpa foi muito vaiado e xingado, na escalação e quando tocou na bola.

Antes do reencontro dos dois times, o Fluminense tem clássico contra o Botafogo, pelo Brasileirão, sábado, às 18h30. Já o Galo recebe o Red Bull Bragantino, domingo, 16h.

A playlist do primeiro tempo

Ed Sheeran estava em um dos camarotes do Maracanã. A relação dele com o futebol é próxima a ponto de ter se tornado acionista do time do coração, o Ipswich Town, da Inglaterra.

Com ele olhando, a Photograph, ou melhor, o retrato da etapa inicial foi de uma dificuldade ofensiva dos dois lados — Photograph é o nome de uma das músicas do cantor, assim como as demais citadas adiante.

O Fluminense chegou mais perto do gol em algumas situações criadas. Uma descida de Diogo Barbosa pela esquerda parecia o momento Perfect, quer dizer, perfeito para sair o gol. Mas Serna furou.

Mano Menezes estava Thinking Out Loud, ou melhor, pensando em voz alta à beira do campo porque a marcação tricolor na saída do Atlético-MG não estava encaixada. Milito, malandro, desenhou uma formação híbrida e fluída. Variava facilmente entre uma linha de três e quatro defensores, dando liberdade para Arana quando necessário. Aí, o Flu não entendeu direito como frear isso.

A questão é que, na perspectiva dos visitantes, Hulk e Paulinho não foram o Perfect Duet, (errei de novo), o dueto perfeito no primeiro tempo. Os passes de um não chegavam com frequência para o outro. Hulk levou mais perigo quando tentou sozinho passar por todo mundo. Mas o chute saiu sem força.

Thiago Silva foi tão seguro quanto um Castle on the Hill, um castelo na colina, mas saiu machucado, ainda no intervalo. Ele estava mancando na reta final do primeiro tempo, sentindo o calcanhar esquerdo. Antônio Carlos entrou.

O que seria do segundo tempo, então?

O Fluminense seguiu fora do tom ofensivamente, sobretudo na hora dos passes mais próximos à área. Menos mal que o Atlético-MG voltou ainda menos incisivo no ataque.

Os primeiros movimentos de Mano para mudar a cara do time com substituições foram trazendo Lima no lugar de Martinelli e Cano no de Serna. Marcelo entrou nesse balaio porque Diogo Barbosa caiu com dores na hora que o Flu faria as trocas.

A entrada de Keno foi o último ato de mudança no tricolor. Em determinado momento, a intensidade na frente diminuiu, e aí o Atlético-MG respirou mais.

O jogo seguiu truncado, nada brilhante. A impressão era de que seria melhor se fosse um show de Ed Sheeran.

Mas aí uma jogada do Flu pela esquerda aos 41 minutos do segundo tempo gerou o cruzamento de Keno na cabeça de Lima. Salvador. Everson até chegou na bola, mas não o suficiente para impedir que ela entrasse.

A festa explodiu. Ed Sheeran já tinha saído do estádio. Mas o que ele ouviria foi a comemoração de quem ainda acredita, e muito, numa possibilidade de bicampeonato da Libertadores.

Ficha técnica
Fluminense 1 x 0 Atlético-MG

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/Hora: 18/9/2024, às 19h
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Assistentes: Juan Belatti e Maximiliano Del Yesso (ARG)
Cartões amarelos: Lima, Thiago Santos, Marcelo (FLU); Alan Franco, Palacios (CAM)
Gol: Lima, 41'/2ºT (1-0)

Fluminense: Fábio, Samuel Xavier, Thiago Silva (Antônio Carlos), Thiago Santos e Diogo Barbosa (Marcelo); Facundo Bernal, Martinelli (Lima) e Ganso; Kevin Serna (Cano), Jhon Arias e Kauã Elias (Keno). Técnico: Mano Menezes.

Atlético-MG: Everson, Bruno Fuchs, Junior Alonso e Bataglia e Guilherme Arana; Fausto Vera, Alan Franco, Gustavo Scarpa (Palacios) e Bernard (Igor Gomes); Paulinho e Hulk. Técnico: Gabi Milito.

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