Polícia instaura inquérito após ex denunciar agressão de Caio Paulista

A Policia Civil instaurou um inquérito para apurar as denúncias de agressão feitas por Ana Clara Monteiro, 21, ex-companheira de Caio Paulista, do Palmeiras.

O jogador nega toda as acusações de violência doméstica.

o que aconteceu

Nesta quinta-feira (19), a A 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) deu sequência ao procedimento policial após Clara registrar boletim de ocorrência contra o atleta. A jovem esteve na DP especializada em crimes contra a mulher, na última terça-feira (17), e prestou depoimento de mais de uma hora.

A delegacia marcou o depoimento do jogador para os próximos dias. Os detalhes da ação estão sendo preservados.

A 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) instaurou inquérito policial e apura as denúncias realizadas pela vítima. O depoimento do investigado foi marcado e maiores detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.Nota da Secretaria de Segurança Pública de SP

Leia a nota da defesa de Caio Paulista

O jogador Caio Paulista, por meio de sua advogada, apresentou-se de forma espontânea à Delegacia de Defesa da Mulher nesta data, com o objetivo de agendar seu depoimento e indicar as provas documentais e testemunhais que irão desmentir completamente as falsas acusações de agressão contra a mãe da sua terceira filha.

Reforçamos, mais uma vez, a total inocência de Caio, e aguardamos que, com a maior brevidade possível, essa farsa seja desmascarada, uma vez que foi criada com intenções claras de prejudicar a imagem do atleta. Confiamos plenamente na justiça e estamos certos de que Caio será absolvido de todas as acusações infundadas que lhe foram atribuídas quando então poderemos acionar civil e penalmente todos que compactuarem com essas falsas afirmações.

O que diz o Palmeiras

A Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que, tão logo tomou conhecimento sobre a carta aberta publicada pela mãe de um dos filhos do atleta Caio Paulista em uma rede social, o jogador foi convocado pela diretoria para uma reunião, ocorrida na noite de sábado. Questionado a respeito do relato e das imagens divulgados, Caio Paulista negou ter cometido qualquer agressão e disse não haver processo ou investigação contra ele na esfera criminal. É de conhecimento público que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais. Todos os colaboradores do clube devem seguir as normas de conduta estabelecidas internamente, que preveem diferentes medidas punitivas, a depender da gravidade do fato e da comprovação penal. O Palmeiras seguirá acompanhando o caso com a devida atenção.

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Entenda o caso

Em fotos e vídeos postados nas redes sociais, Clara mostrou hematomas pelo corpo, além de um olho roxo, marcas das supostas agressões de Caio Paulista. O episódio mais recente teria acontecido em outubro de 2023, segundo o relato.

Na publicação, a tatuadora não cita diretamente o nome do jogador, mas se diz "cansada de se calar diante das violências que sofreu".

Em contato com a reportagem, Clara atribuiu as marcas das agressões a Caio. Segundo a jovem, que é mãe da filha caçula do atleta, as violências aconteceram em dois momentos da relação.

Por meio de sua assessoria, Caio Paulista nega que tenha agredido Clara. O jogador diz que está em processo judicial com a ex apenas por questões financeiras.

Clara foi à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na última terça-feira (17) para registrar o BO e prestar depoimento. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou a informação ao UOL.

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Ela compareceu à delegacia para fornecer mais informações sobre os fatos e demais providências necessárias para o andamento das investigações. No entanto, "outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial e resguardar a vítima".

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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