Palmeiras: conselheiro suspenso por suposto assédio cobra Leila na Justiça

Celso José Bellini, conselheiro vitalício do Palmeiras que foi afastado por suspeita de assédio sexual contra menores no clube, cobra explicações da presidente Leila Pereira na Justiça.

O que aconteceu

Na tarde da última quinta-feira (19), o Celso Bellini ingressou com uma notificação para explicações por calúnia em desfavor de Leila Pereiera, na Vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo.

No documento, ao qual o UOL teve acesso, o conselheiro pede que a mandatária explique a origem das denúncias, apresente documentos que as comprovem e quais providências foram tomadas para apurar o caso até o momento.

Além disso, Celso espera justificativas de Leila sobre uma entrevista na qual afirma que "o Palmeiras e a presidente do Palmeiras não toleram assédio, não aceitam condutas criminosas". A frase foi dita ao site ge.

Em contato com a reportagem, o advogado de Celso diz que estuda formas de cancelar a suspensão. "No primeiro momento, foi a presidente do Palmeiras que o suspendeu preventivamente, posteriormente ratificado pelo presidente do Conselho Deliberativo. Só que o estatuto do Palmeiras fala que a suspensão de conselheiros vitalícios tem que ser deliberada em sessão do CD. Aí, sim, sendo aprovada, suspende-se preventivamente", afirmou Alessandro Brecailo.

Leila agiu conforme estatuto do clube

O UOL apurou que a presidente Leila agiu em conformidade com o estatuto do Palmeiras. A reportagem apurou que a decisão da presidente foi tomada em decorrência da gravidade do caso e dos relatos das vítimas, que são crianças.

Neste contexto, Leila não poderia aguardar o fim da sindicância para então tomar a atitude de afastar o suposto infrator, uma vez que o conselheiro frequenta as dependências do clube. A presidente foi procurada por diversas mães, que estavam apavoradas com a presença do acusado.

Segundo o parágrafo 10º do Artigo 36: "A critério do Presidente da Diretoria Executiva, o infrator poderá ser suspenso, preventivamente, por, no máximo, 90 (noventa dias) dias".

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