Postura de Leila no caso Caio Paulista incomoda pessoas no Palmeiras

As acusações de agressão contra Caio Paulista começaram a respingar na presidente Leila Pereira. O UOL apurou que o Palmeiras adota cautela enquanto as investigações são conduzidas pela polícia e mais provas são fornecidas.

Ainda segundo a apuração, a diretoria sabe que não está cumprindo com a expectativa de parte da imprensa e da opinião pública, mas entende que somente com cautela poderá tomar uma decisão justa.

Além disso, o episódio com o atacante Dudu, inocentado das acusações de violência doméstica feitas por sua ex-mulher, em 2020, é usado como parâmetro no momento.

Por outro lado, a reportagem ouviu pessoas ligadas ao Conselho Deliberativo que desaprovam a permanência do jogador no elenco durante as investigações.

Há, inclusive, um "comparativo" com um episódio interno, que envolve um conselheiro acusado de suposto assédio sexual a menores nas dependências do clube. Celso José Bellini foi afastado no início do mês de setembro, com aval do presidente do Conselho Deliberativo, Alcyr Ramos da Silva Jr.

No entanto, a atual gestão trata os assuntos de forma totalmente separada, uma vez que, de acordo com fontes da administração do clube, há mais de sete testemunhas endossando a denúncia contra o conselheiro.

Entenda o caso

Em fotos e vídeos postados nas redes sociais, Ana Clara Monteiro, ex-mulher de Caio Paulista e mãe da terceira filha dele, mostrou hematomas pelo corpo, além de um olho roxo, marcas das supostas agressões do jogador do Palmeiras. O episódio mais recente teria acontecido em outubro de 2023, segundo o relato.

Na publicação, a tatuadora não citou diretamente o nome do jogador, mas se disse "cansada de se calar diante das violências que sofreu".

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Em contato com a reportagem, Clara atribuiu as marcas das agressões a Caio Paulista. Segundo a jovem, que é mãe da filha caçula do atleta, as violências aconteceram em dois momentos da relação.

Por meio de sua assessoria, Caio Paulista nega que tenha agredido Clara. O jogador diz que está em processo judicial com a ex apenas por questões financeiras.

Clara foi à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na última terça-feira (17) para registrar o BO e prestar depoimento. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou a informação ao UOL.

Ela compareceu à delegacia para fornecer mais informações sobre os fatos e demais providências necessárias para o andamento das investigações. No entanto, "outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial e resguardar a vítima".

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

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Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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