Gabigol é a nova cara da Mizuno. Após mais de uma década vestindo Nike, o atacante fechou por seis anos para se tornar o pontapé inicial da retomada do "casamento" entre a empresa japonesa de material esportivo e o futebol brasileiro. O camisa 99 no Flamengo é o primeiro atleta nacional a fechar com a marca.
A gente encontrou no Gabriel essa questão da determinação, de busca por excelência. A gente entende que é um atleta que traz esses valores. O nosso slogan dentro da Mizuno é 'reach beyond' [ir além, na livre tradução do inglês], e o Gabriel, com certeza, nos traz esse valor. Rogério Barenco, gerente geral da Mizuno
Além de ter essa força muito grande dentro do campo, ele também tem muita força extracampo. [...] O Gabriel é um cara bastante autêntico, tem esse estilo próprio, e a influência dele transcende o futebol. As pessoas estão vendo ele nas redes sociais dele, como ele se veste, como ele se comporta. A gente também vai estar trabalhando por ele estar usando Mizuno também no dia a dia.
O que aconteceu
O atacante, no primeiro momento, usará modelos já existentes, mas trabalhará em "cocriação" com a marca. Segundo Barenco, a parceria foi o que "mais empolgou ele [Gabigol] na proposta da Mizuno".
Uma possível troca de clube e o andamento do processo por fraude em exame de doping não atrapalharam no acerto entre o jogador e a Mizuno. A empresa aposta no relacionamento a longo prazo e apontou que "algumas questões de curto prazo que devem ser resolvidas por ele".
Gabigol compartilhou "spoilers" do acerto com a Mizuno nos últimos dias, e agitou os torcedores sobre seu futuro. Alguns torcedores apontaram que as postagens indicavam uma possível transferência para o Corinthians ou até para o futebol japonês. O atacante tem contrato com o Flamengo até o fim deste ano e não deve renovar.
É exatamente esse barulho que a gente quer ter. E eu acho que essa é uma das coisas que mais nos levou a fechar esse contrato com ele. As pessoas, os fãs, a comunidade do futebol, jornalistas, todo mundo de olho no que o Gabriel está fazendo. Ele atrai o holofote para ele. E a gente está feliz com a repercussão. Rogério Barenco, gerente geral da Mizuno
Mizuno e o futebol brasileiro
Teve um japonês que veio para o Brasil no início da década de 1980 para desenvolver uma chuteira, porque a Mizuno não tinha chuteira. E aí eles falaram: 'aonde a gente vai? Para o Brasil, que é o país do futebol'. E vieram aqui e criaram a Morelia, que é uma chuteira ícone. É uma chuteira que é muito utilizada hoje, a gente sempre fala, é muito utilizada pelos jogadores que não são patrocinados. Então a gente estava com essa oportunidade, vamos dizer assim, congelada.
A marca "ganhou musculatura" há cerca de três anos após uma mudança empresarial e aproveitou para retomar o investimento no futebol. "É quase uma refundação do futebol da Mizuno no Brasil", explicou Barenco.
O que eu posso dizer é que o Gabigol é apenas o começo. A gente tem um plano buscar outros atletas, outros ativos dentro do futebol. A gente vai ter uma série de notícias nos próximos meses e anos, da Mizuno muito mais presente no esporte.
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