Zubeldía reconhece erros do São Paulo contra o Inter e explica uso de Lucas
Do UOL, em São Paulo
22/09/2024 21h51
O técnico do São Paulo, Luís Zubeldía, admitiu e ficou na bronca com os erros do São Paulo diante do Internacional. O tricolor perdeu em casa, de virada, por 3 a 1, pelo Brasileirão. Mesmo com os reservas, por causa da decisão de poupar o time para a Libertadores, o argentino entende que o tropeço era evitável, já que as jogadas de gol do adversário foram parecidas: roubadas de bola no campo de ataque.
"Fizemos 25, 30 minutos bons. Merecíamos talvez mais do que um gol. Mas o time era muito ofensivo. Se perdêssemos a bola na saída, iríamos sofrer contra um time que também tem bons jogadores. A conclusão é simples. Estamos fazendo o esforço para que o São Paulo esteja entre os primeiros cinco, seis times do Brasil. Assumir que uma equipe que também é boa, como o Inter, que está focada no torneio, é capaz de te ganhar. Hoje, a bronca é porque demos situações para que eles pudessem nos pegar abertos em transição. Isso é que eu não gosto em uma equipe, facilitar as tarefas do rival. No segundo tempo, começamos bem, mas duas jogadas muito pontuais praticamente sentenciaram o encontro", disse o treinador do São Paulo.
Por que usar Lucas Moura como titular? "A inclusão de Lucas e Bobadilla tem a ver com a questão de que eles não tiveram carga muito alta. Lucas foi para a seleção, praticamente não jogou. Depois, ele jogou contra o Atlético-MG. Liberamos ele contra o Cruzeiro. Jogou contra o Botafogo. E como não completou 90 minutos, precisava ter mais ritmo, porque não teve continuidade de minutos que gosta nas últimas duas semanas. Usamos o mesmo método antes do Nacional-URU. Quando vejo a possibilidade de dar minutos, por mais que tenhamos uma partida decisiva quarta-feira, eu faço. Com Bobadilla, algo similar. Não jogou contra o Cruzeiro. Ele tem 21 anos, poderia jogar. Mas não jogou 90 minutos. É a situação. Cada caso, vamos tratando de maneira particular".
Por que poupar? "Vamos planejando jogo a jogo. Claro que já falei dessa situação mais de uma vez. Estamos jogando dois, três torneios desde que estou aqui. Falei que quando o calendário aperta, eu tenho que trocar. Eu não gosto de trocar muitos, mas quando o calendário está muito apertado, tenho que fazer, como aconteceu em várias ocasiões. Contra o Vitória, Cruzeiro, Atlético-GO".
Lição para o jogo contra o Botafogo, quarta-feira. "Transições, né. Falamos, vimos os vídeos. Hoje, enfrentamos uma equipe que não era a do Coudet. Apesar de ser o mesmo elenco. Decidimos usar os jogadores que estavam à disposição para armar um time ofensivo. Depois, as transições de um time rápido como o Inter, se não voltássemos bem e se perdíamos as situações.. Contra o Botafogo, sabemos que pode repetir, por causa da característica dos jogadores. Temos que ficar muito atentos".
O que mais Zubeldía disse
Comparação do Inter com o Botafogo
"São jogos diferentes, torneios diferentes. Eu sempre falei bem do plantel. Não sei quantas equipes trocam tanto e a equipe responde. É difícil tirar um bom resultado. Hoje, nos primeiros 25 minutos, era para dizer: "Gente, espetacular, entendemos o que deveríamos fazer. E quando jogamos com determinadas características, podemos conseguir". Mas quando a equipe rival tem sua qualidade, jogadores de seleção, encontra situações favoráveis, aproveita. O Inter tem capacidade de estar no top-5, igual a gente e outras equipes que estão atrás de nós. Claro que jogando em casa, me dói perder. Mas está entre as possibilidades. O que mais dói é que demos a oportunidade. O jogo não se ganha em 25 minutos".
Peso da Libertadores
"Sabemos o que representa a Libertadores. Todos. Eles, jogadores, staff, dirigentes, torcedores e eu. Até o momento, o time vem competindo bem. Claro, é um grande desafio seguir avançando, porque temos desejo, sonho a fé que podemos chegar o mais alto possível. É um mata-mata de 180 minutos. Faltam 90 minutos, sabemos que somos muito fortes aqui. A energia nesta semana estará na Libertadores".
Dificuldade ofensiva no segundo tempo
"Quando um time domina por 25 minutos, com sensação de estar perto do segundo gol e não consegue, eles fazem 1 a 1, começa o segundo tempo. Até o segundo gol, eles já nos metem o terceiro. É um golpe anímico. Você fica em dúvida sobre qual é o caminho por causa dos dois gols sofridos. Acontece o que eu estou falando. Entramos no jogo estratégico favorável para o Inter".