São Paulo cai com crueldade: erros, esperança e heróis que viram vilões
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A eliminação do São Paulo na Libertadores, diante do Botafogo, foi marcada por requintes de crueldade: começou com falhas, passou por uma esperança com gol tardio e acabou, de fato, com heróis tornando-se vilões sob olhares de mais de 61 mil testemunhas.
Sobrou emoção, faltou classificação
O jogo começou com o Botafogo impondo seu ritmo mesmo diante de um MorumBis abarrotado. O Tricolor não conseguiu escapar das armadilhas da equipe de Artur Jorge e, nos primeiros minutos, viu o rival comandar as principais ações do embate.
Duas falhas em sequência geraram o gol de Almada. Após chutão do goleiro John, Luiz Gustavo dominou, mas se atrapalhou e acabou desarmado — a jogada continuou e culminou em outro erro, desta vez de Rafael, que espalmou a bola na cabeça do argentino.
A empolgação são-paulina com o pênalti marcado por Dario Herrera, ainda no 1° tempo, gerou novo desânimo: Lucas, pilar da equipe de Luis Zubeldía e cobrador oficial do elenco, acertou o travessão de John e esfriou a reação paulista.
Houve esperança com Calleri. O atacante, que chegou a perder um gol feito já na etapa final, foi o responsável por empatar o duelo pouco depois: ele aproveitou cruzamento de André Silva e, com categoria, estufou as redes botafoguenses já na reta final do jogo.
Com empate no placar agregado, a decisão foi para as cobranças de pênaltis, e dois heróis viraram vilôes: Calleri e Nestor. O primeiro, consagrado por ter recolocado o São Paulo na disputa minutos antes, e o segundo por ter marcado, há um ano, o gol que deu aos paulistas o título da Copa do Brasil no estádio do Tricolor.
Calleri foi o primeiro vilão: ele repetiu o ato do colega Lucas e acertou o travessão de John — o argentino foi o primeiro a bater e abriu caminho para o Botafogo sair em vantagem.
Nestor, já nas cobranças alternadas, também falhou: ele não conseguiu superar o goleiro rival e, logo depois, viu Matheus Martins definir a classificação carioca.
A eliminação do São Paulo acabou também como uma espécie de despedida melancólica do MorumBis: o time só volta a jogar em seu estádio em novembro, contra o Athletico, pelo Campeonato Brasileiro. O motivo? Os shows do cantor Bruno Mars no local — já neste fim de semana, o Tricolor encara o Corinthians em Brasília, por exemplo.