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Eliminado, Tite diz que não prometeu gol no Uruguai: 'Não sou futurista'

Tite, técnico do Flamengo, durante jogo contra o Peñarol pela Libertadores Imagem: EITAN ABRAMOVICH/AFP

Do UOL, em São Paulo

26/09/2024 22h01

Classificação e Jogos

Grande oportunidade de quebrar essa escrita. É histórico, não é assim? Temos totais condições de chegar lá e fazer. Foi um jogo de efetividade. Com dois minutos ou três faz o gol, e você trabalha em cima do resultado. Fomos afoitos em alguns momentos, precipitamos em outros, e o goleiro teve felicidade também. Vai criar metade das oportunidades que criou hoje e vai fazer gol lá. Me cobra depois. Tite, em entrevista coletiva após Flamengo 0 x 1 Peñarol

A fala de Tite não se cumpriu no jogo da volta entre Flamengo e Peñarol, na noite desta quinta-feira (26). O jogo não saiu do 0 a 0, e os uruguaios avançaram às semifinais da Libertadores.

Em entrevista coletiva após o duelo no Uruguai, o treinador foi perguntado sobre a declaração e tentou deixar o tema mais leve. Ele afirmou que não prometeu nada, mas que fez apenas uma projeção.

Eu disse que prometi? Prometi que ia fazer gol? Eu projetei. Está me cobrando e tem todo o direito, mas eu não prometi. Eu não sou futurista, cara. Era o objetivo, de criar e fazer, mas promessa não foi. Projetei, trouxe a responsabilidade para mim, era para fazer gol, mas o termo não é esse. Tite, após empate

O que mais ele disse?

Falta de Pedro: "Sem colocar desculpa, mas como uma análise, perdemos jogadores que marcaram quase 60 gols em um ano, uma equipe que estava estruturada para jogar em volta de um 9, do Pedro. É um jogador de infiltração, de bola aérea. Perdemos um jogador. Esse contexto faz isso. A análise mais ampla requer um tempo maior. Pela característica e pela moldagem da equipe, foi o Pedro [que fez falta]. Essa estrutura ofensiva se perdeu. Tentamos com BH, com Gabi, Carlinhos e nesse produto final, ela não fez o que deveria ter feito."

Primeiro objetivo não alcançado: "Chegamos aqui para classificar, esse era o objetivo e conseguimos. Precisávamos ser campeões cariocas, conseguimos. Disputar as três competições... Uma série de jogadores na seleção... Esse é o primeiro objetivo não alcançado. O mais importante, eu concordo. Mas que também esteve em cima de um calendário com uma série de dificuldades que tivemos."

Fatores que contribuíram para o empate: "Imaginava, sim, que com a metade das oportunidades íamos fazer, mas não aconteceu. Criou um número grande, mas tiveram detalhes: a boa performance do goleiro, imprecisão nossa e talvez a intensividade tenha feito a diferença. Se coloca o Gabi, é porque colocou, se não coloca, é porque não colocou. Depois do jogo é muito fácil falar, o que nós tínhamos eram opções de jogadores com movimentação sincronizada. O BH por dentro, por fora."

Faltaram reforços? "A direção trouxe tudo e todos que foram possíveis e prometidos. O que aconteceu foi que acidentes com quatro jogadores. Aí entra o bom senso. Perdemos o Pedro, o Cebolinha no melhor momento da carreira, o Luiz também e o Viña... Michael. Talvez, com maior tempo, uma efetividade maior pudesse acontecer. Talvez um repertório a mais. As substituições que seriam feitas por vocês e não por mim. Se faz o gol, a coisa se transforma. Faltou o gol."

David Luiz e não Carlinhos para abafa no fim: "Quando colocamos, ele tem saída de bola e já estava programado por ter a qualidade de cabeceio. Tal qual outras equipes já fizeram isso comigo. O momento do Carlinhos não é bom."

Nada de promessas: "Persistência e trabalho, sem promessas. A promessa é de dar o melhor, de dignificar o papel de estar técnico do Flamengo. A dignidade de um profissional não se deve pelos resultados. O objetivo é trazer e traduzir o melhor futebol em objetividade. Efetividade ganha jogo, por vezes com número de chances menor."

Pressão: "Sensação amarga de sair da competição com o desempenho que teve e não com efetividade. Pressão é da minha atividade profissional há 30 anos."

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