Ex-Atlético confia em Simeone para segurar ataque galático e até Endrick

Raúl García (38) pendurou as chuteiras ao final da última temporada europeia, mas conhece bem a emoção de disputar e marcar em um Clássico de Madri. Com duas passagens pelo Atlético (2007 a 2011 e 2012 a 2015), o ex-meio-campista confia no técnico Diego Simeone para segurar o ataque do Real Madrid no jogo deste domingo (29), às 16h (de Brasília), pelo Campeonato Espanhol.

A palavra calma ou tranquilo não existe. Todos sabemos que Simeone é muito apaixonado, uma pessoa que vive seu trabalho a 200%. Sempre sabe como atacar e conduzir seus jogadores nessas partidas. [...] Simeone sabe encontrar o 100% dos jogadores. Raúl García

E o comandante colchonero — que trabalhou com Raúl na segunda passagem do meia pelo clube — terá como missão segurar o badalado ataque merengue, que pode ter Endrick na vaga de Mbappé. O francês sofreu uma lesão muscular na partida contra o Alavés. Segundo o jornal espanhol As, porém, Ancelotti pode montar a equipe com quatro meio-campistas.

Raúl lamentou a ausência do francês, mas admitiu que o camisa 16 pode ser um "problema" para a defesa colchonera. Endrick — que já marcou no Campeonato Espanhol e na Liga dos Campeões — disputará seu primeiro clássico espanhol.

Obviamente [Endrick] pode ser um problema, porque é um grande jogador, e afinal está conseguindo jogar no Real Madrid, mas para isso também está Simeone, para saber que aspectos tem que ter em consideração e Endrick é um jogador que tem a chance de jogar. O Atlético de Madri com certeza estará preparado para ele.

Mesmo assim, García apostou em uma vitória por 2 a 0 para o Atlético, que jogará em casa. "Nunca se sabe. É um partida onde qualquer erro pode definir o resultado, mas a sensação da rivalidade vai existir e que os colchoneros possam render no nível que todos sabemos", afirmou.

O que mais ele falou

Comparação entre Ancelotti e Simeone: "São dois treinadores opostos. Cada um à sua maneira sabe tirar o melhor rendimento de suas respectivas equipes. Ancelotti parece ser mais tranquilo, e Simeone é mais temperamental, nervoso, a gente vê ele muito mais ativo. São dois treinadores que temos que ter como espelhos".

Diferença financeira entre os clubes: "Nem tudo no futebol é econômico. Não é por ter mais capacidade financeira que vai ter as melhores equipes, obviamente ajuda, pois permite trazer jogadores como Mbappé, e falamos do melhor jogador do mundo, isso não te dá a certeza de que vai ter a melhor equipe. Pelo que vivi, tenho muito claro que ter um grupo forte, uma equipe que confia muito no seu treinador e que acredita no que propõe pode estar no nível que equipes que, a princípio, são melhores que você".

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Motivação de enfrentar grandes jogadores: "Eu sempre queria jogar contra grandes equipes. Dá uma motivação extra enfrentar jogadores de nível mundial, como sempre teve o Real. Era um a mais, uma motivação para ganhar deles, e quando consegue dá uma satisfação muito grande".

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