Fla de Tite repete Sampaoli e vê Copa do Brasil como prêmio de consolação

O Flamengo alterou o planejamento para a temporada, mas vê Tite repetir o filme de Sampaoli e se apega à Copa do Brasil como uma espécie de prêmio de consolação. A queda nas quartas de final da Libertadores aumentou a pressão sobre o técnico e diretoria, que ainda busca uma conquista de grande porte em 2024.

A promessa é de dar o melhor, de dignificar o papel de estar técnico do Flamengo. O objetivo é trazer e traduzir o melhor futebol em objetividade Tite

O que aconteceu

O Rubro-Negro anunciou Tite em outubro do ano passado. Anteriormente, os treinadores escolhidos para começar a temporada foram oficializados apenas no começo do ano. Uma das justificativas para a mudança foi justamente uma antecipação do planejamento para 2024, uma vez que o treinador poderia conhecer o elenco e já detectar lacunas a serem exploradas na janela.

O treinador está sob pressão e é alvo de protestos por parte da torcida. A eliminação para o Peñarol, nas quartas de final da Libertadores, deu novos ingredientes para um caldeirão que já fervia.

A Copa do Brasil se tornou um alento em 2024. O Flamengo está na semifinal da competição e briga pela competição em que no ano passado ficou com o vice — vai enfrentar o Corinthians na briga por vaga na decisão.

O Rubro-Negro está, no momento, mais distante da briga pelo Brasileiro. Os comandados de Tite estão na quarta colocação, com 45 pontos, 11 atrás do líder Botafogo.

Esse é o primeiro objetivo não alcançado. O mais importante, eu concordo. Mas que também esteve em cima de um calendário com uma série de dificuldades que tivemos Tite, após empate com o Peñarol

Filme repetido

A continuidade de Tite até o fim da temporada se tornou uma incógnita. Os resultados até aqui trazem contestações externas, e o clube ainda vive bastidores agitados devido à eleição presidencial, marcada para dezembro.

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O roteiro faz lembrar o do Fla de 2023. Sampaoli, que já vinha sendo contestado, esteve no meio do furacão após eliminação na Libertadores, quando caiu para o Olimpia, nas oitavas de final. Um grande protesto aconteceu no desembarque da delegação, e uma das pautas da torcida foi o pedido pela demissão do treinador.

À época, a queda no torneio continental aconteceu no intervalo entre os jogos da semifinal da Copa do Brasil — naquele cenário, o Flamengo ainda via o líder Botafogo abrir distância no Brasileiro. A equipe passou pelo Grêmio e decidiu o título com o São Paulo, quando acabou com o vice.

Sampaoli colocou em xeque a permanência após a classificação à final. A disputa pelo título aconteceria apenas após um mês do jogo contra o Grêmio, e o treinador apontou a imprevisibilidade do futebol para citar dúvida sobre se estaria na decisão. O ambiente interno — até com brigas no elenco — e a avaliação da torcida pesavam negativamente. "Aqui [Flamengo] um mês é como se fosse um ano", disse, na ocasião.

O argentino foi demitido dias após o vice na Copa do Brasil. O Rubro-Negro já tinha negociações com Tite, e oficializou o acerto 11 dias depois.

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