Revanche? Único Zubeldía x Ramón teve campeões do mundo e gol de ex-Flu
São Paulo x Corinthians, um dos principais clássicos brasileiros, ganhou tons albicelestes e notas de tango: o Majestoso deste domingo (29), válido pelo Campeonato Brasileiro, terá um duelo entre técnicos argentinos. O Tricolor tem à beira do gramado Luis Zubeldía, enquanto o alvinegro é comandado por Ramón Díaz.
Apesar da coincidência na nacionalidade, este será apenas o segundo jogo entre eles. Há mais de uma década, um outro clássico colocou frente a frente um Zubeldía que dava os primeiros passos na carreira de treinador contra um já experiente Ramón.
Encontro pesado na Argentina
Zubeldía e Ramón se enfrentaram pela primeira, e até então única, vez em 2013, em um Racing x River Plate, pelo Torneo Final [metade final do Campeonato Argentino daquele ano]
À frente do River, o hoje corintiano viu seu time vencer por 2 a 0 com direito a gol de Manuel Lanzini, que havia defendido o Flu entre 2011 e 2012 — Leandro González foi o outro a balançar as redes no duelo em questão.
Classificação e jogos
O Racing de Zubeldía tinha nomes de peso, como Mauro Camoranesi e Rodrigo de Paul. O primeiro conquistou a Copa de 2006 com a Itália, enquanto o segundo, ainda em atividade, faturou o Mundial com a Argentina em 2022.
No lado do River, além de Lanzini, havia também Carlos Sánchez, que anos depois defenderia o Santos. Sánchez é irmão de De la Cruz, hoje no Flamengo. No banco, havia ainda Juan Iturbe, que vestiu a camisa do Grêmio em 2023.
O atual técnico são-paulino era iniciante em sua carreira e estava apenas em seu terceiro clube após passagens por Lanús e Barcelona de Guayaquil.
Do outro lado, Ramón Díaz já carregava uma vasta bagagem. Considerado um dos grandes jogadores da história do futebol argentino, ele já era ídolo do River pelo que fez como atleta. Como treinador, viveu uma época de ouro entre 1995 e 2000, quando, por exemplo, empilhou troféus nacionais e ganhou a Libertadores. Em 2013, estava no cargo do clube pela terceira vez.
Caminhos opostos...
Deste encontro em diante, os treinadores não mais se cruzaram. Zubeldía rodou por clubes, principalmente, das Américas: esteve na LDU (Equador), Santos Laguna (México), Independiente Medellín (Colômbia), Cerro Porteño (Paraguai), Lanús (Argentina) e Alavés (Espanha).
Ramón Díaz, por sua vez, se aventurou em culturas abrangentes. Ele treinou a seleção do Paraguai, o Al-Hilal e o Al-Ittihad (Arábia Saudita), o Pyramids (Egito), o Libertad (Paraguai) e Al-Nasr (Emirados Árabes Unidos) antes de chegar ao Vasco. Em 2020, ele assinou com o Botafogo, mas retornou à Argentina para um procedimento cirúrgico e viu o filho Emiliano comandar o time. Os resultados não aconteceram, e eles foram demitidos antes mesmo de o ex-jogador estrear.
... cenário atual também
São Paulo e Corinthians chegam com as "balanças" desequilibradas em relação à temporada. O São Paulo briga na parte de cima da tabela, mas se vê sem outras alternativas após eliminações nas quartas de final da Copa do Brasil e Libertadores. O Corinthians, por outro lado, está na briga para se distanciar da zona do rebaixamento no Brasileiro, mas está nas semifinais da Copa do Brasil e Sul-Americana.
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Quero receberZubeldía chegou ao Tricolor em abril para ocupar vaga aberta após a demissão de Thiago Carpini. O clube já havia buscado o treinador no começo do ano, quando Dorival Júnior aceitou o convite para comandar a seleção brasileira, mas a diretoria não conseguiu entrevistá-lo. O início empolgou, mas as recentes eliminações geraram turbulência nos últimos dias.
São Paulo já tinha me contatado, e por uma questão pessoal, de estar me desligando do outro clube, precisava de um tempo também para me preparar para um novo desafio. Nos cruzamos de novo depois de um tempo e pude assumir esse desafio importante pela magnitude que tem o clube e por conhecer bem o elenco Zubeldía, na apresentação
Ramón chegou ao Corinthians em julho, já em meio à crise no clube e com o time na zona de rebaixamento. Ele ocupou a vaga de António Oliveira e demorou a fazer o time engrenar, mas, aos poucos, a equipe se tornou mais competitiva — e mostrou isso, principalmente, na Copa do Brasil e na Sul-Americana.
Chegamos a um clube que não está no início da temporada, mas o futebol é dinâmico. Se o outro treinador não tivesse maus resultados, não estaríamos aqui. É a situação onde estamos que necessita uma dinâmica e uma responsabilidade grande, e todos querem melhorar, todos estão trabalhando 100% para recuperar. Os jogadores entendem que têm uma grande responsabilidade com o clube e a torcida. Não há tempo a perder. Tem que ser rápido para a equipe entender a situação que está e para sair Ramón Díaz, na apresentação
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