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Mário admite erros do Flu, defende Mano e diz que ação do SPFC é 'absurda'

Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt concede entrevista coletiva no CT Carlos Castilho Imagem: Marcelo Gonçalves / Fluminense

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/10/2024 18h25

Classificação e Jogos

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu uma longa coletiva na tarde desta terça-feira (1) no CT Carlos Castilho. O dirigente iniciou a entrevista com um pronunciamento pedindo união entre clube, torcida e as diferentes correntes políticas. Além de diversas outras questões, também defendeu o trabalho e a continuidade do técnico Mano Menezes e classificou a ação do São Paulo no STJD — de tentar anular o duelo entre eles — como "absurda".

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Pedido de união: "Quero dizer que é um momento que a gente precisa de união, do clube, da torcida, das pessoas que amam o clube. É uma situação que perdura por uma série de motivos. Vou abrir para perguntas, mas quero dizer que o objetivo de a gente estar aqui hoje é sobre o momento difícil que estamos vivendo dentro de campo. A ideia é buscar entendimento, estar unido, estar junto e a partir de quinta-feira voltar a trilhar o caminho das vitórias. Trazer os resultados para nos deixar na primeira divisão".

Encontro com lideranças de organizadas mais cedo: "Sobre a questão do encontro que teve aqui hoje, os torcedores vieram cobrar, como já aconteceu em outras oportunidades. Temos uma conduta que, desde que seja sem violência, pacífico, sempre vamos estar de portas abertas para receber. Há dois meses já tinha ocorrido um movimento desse tipo. O Matheus Montenegro os recebeu com o Paulo Angioni, com o treinador, e faz parte. O clube é uma comunidade onde todos são importantes. Torcedores são importantes. Torcidas são importantes. Tivemos dignidade para recebê-los e eles fizeram as cobranças".

Mano Menezes: "Quando ele chegou aqui, a gente tinha seis pontos. Éramos lanternas do campeonato. De lá para cá, ele tem 50% de aproveitamento. Hoje, só quem tem 50% é quem está em sétimo, oitavo lugar. Vamos ter que manter isso. Os times que estão próximos da zona (de rebaixamento) têm 33% de aproveitamento. Nós tínhamos os objetivos das Copas também. É difícil estar nas quartas de final da Libertadores e fazer uma prioridade. Disputamos as Copas para vencer, mas o objetivo principal era sair dessa situação incômoda no Brasileiro. Sei que as pessoas ficam muito tristes com essa oscilação, mas temos que ter a cabeça no lugar para não tomar decisões precipitadas. Nós temos também a rede social que diz que jogador bateu boca com treinador, que treinador discutiu com torcedor, e não podemos deixar que o externo chegue até a gente. Em nenhum momento passou pela nossa cabeça mexer no comando".

Ação do São Paulo no STJD: "Costumo dizer que há uma necessidade mesmo de reciclagem no geral. Não acho que exista absolutamente nada. Quando eu achar que existe algo premeditado, eu vou embora, não faz sentido participar. Os erros são repetitivos, principalmente de interpretação das regras do jogo. O Fluminense não vai falar desse tema aqui ou buscar anulação da partida (diante do Atlético-GO) como o São Paulo está fazendo contra nós, a meu ver de forma absurda. O Fluminense está ciente que todos esses são erros de fato, que acontecem. Temos que criticar os erros, mas não podemos achar desculpas porque não temos jogado bem. Contra o São Paulo, não há sequer erro de fato. Há o cumprimento da regra de jogo que não beneficia o infrator, pelo contrário. É uma vantagem convertida em falta que para a bola, o time do São Paulo tá todo postado".

Admite erro de planejamento: "Acho que passa pelo fato de que terminamos o ano de 2023 em dezembro. Tivemos um mês a menos de preparação. Houve uma decisão de início de competição, em que botamos o time titular para jogar assim que voltou, contra o Bangu. Todo mundo ficou extasiado com o fato de o time ter voltado e vencido aquele jogo com quatro dias de treino. Aquele movimento contrariou um pouco a preparação física e a fisiologia, porque entendíamos precisar dar jogo ao time para ganhar a Recopa. Se deixássemos o time treinando por mais 15, 20 dias, a LDU chegaria com mais ritmo de jogo e a gente só em treino. A Recopa era muito simbólica para nós, contra a LDU, no Maracanã. O time de garotos que o Marcão estava comandando era líder (no Carioca). O Fernando (Diniz) teve essa decisão (de antecipar o retorno) e nos justificou à época dizendo que era para o time chegar na Recopa com ritmo de jogo. Deu certo naquele momento, ganhamos a Recopa. Hoje acreditamos que isso tenha atrapalhado de alguma forma a continuidade no campeonato. A maioria das lesões que tivemos foi traumática, não muscular. Por isso digo que há uma dúvida se isso realmente pode ter sido um fator preponderante. As lesões do André, do Cano, do Keno... Não foram por trauma. O time veio se esfacelando".

Situação de Arias: "Todo mundo sabe que ele queria sair na janela e que eu impus uma condição. A proposta não chegou ao que o Fluminense desejava, e a gente se acertou que ele fica até o fim do ano. Na janela de dezembro, atendendo às condições que temos combinadas com ele, vamos realizar o desejo dele de jogar na Europa. Não tem nada a ver com o Cruzeiro. Essas condições passam, por exemplo, de que não seja para nenhum clube do Brasil. As pessoas têm que compreender que ele é um profissional com esse desejo, assim como ele compreendeu que o clube precisava se proteger e tê-lo aqui para nos ajudar até a reta final. O que interessa para mim é o Fluminense, que está acima de qualquer coisa. Foi assim que conversamos, nos ajustamos, está tudo ótimo. Ele tem todo o direito de realizar o sonho dele, de ter ficado chateado. E eu tenho todo o direito de ter feito o que eu fiz. É uma conversa de adultos. O torcedor precisa entender isso. Ele vai nos ajudar até o fim do ano, depois vai seguir o caminho dele e vamos continuar torcendo muito para ele deixar as portas abertas para ele voltar, assim como o André. Quem é Fluminense até o fim são os torcedores, que vão estar sempre com o clube. Os profissionais que aqui estão honram a camisa, se apaixonam, mas têm suas famílias e desejos. Faz parte. Fico muito orgulhoso quando um jogador que ninguém conhecia vem da Colômbia, consegue se firmar no Fluminense e ganha visibilidade na Europa, na seleção dele. O Arias é uma grande pessoa, de grande caráter. Que a torcida continue o abraçando e incentivando".

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