Como funciona o fundo que promete salvar as finanças do São Paulo
O São Paulo anunciou na última quarta-feira (2) a criação de um fundo de investimentos que o clube acredita ser sua salvação financeira.
O que aconteceu
O "Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios São Paulo Futebol Clube" vai proporcionar mais de R$ 200 milhões aos cofres do Tricolor. O dinheiro será usado para sanar as dívidas de curto prazo e com juros mais altos.
O Conselho de Deliberativo aprovou a criação do fundo por 185 votos a favor e 40 contra. A operação é inédita no continente no meio do futebol.
Como funciona o fundo
A operação em parceria com a Galapagos Capital e a OutField é uma espécie de empréstimo financeiro ao São Paulo, mas com juros menores do que os bancários. Ao invés de precisar pedir diversos empréstimos para vários bancos, o Tricolor resolve em apenas uma operação o montante necessário para sobreviver.
Os valores serão usados para uma reestruturação financeira que dará respiro ao caixa. Dessa forma, o São Paulo poderá novamente gerar capital de giro e terá um maior fluxo de caixa para o cotidiano.
O Fundo de Investimento será disponibilizado para investidores que quiserem colocar dinheiro. Funciona como um fundo convencional, onde a pessoa pode colocar seu dinheiro já sabendo o quanto ele irá render dentro das regras e taxas ditadas pelo fundo.
O valor que entra para o São Paulo não será variável de acordo com o número de investidores, pelo contrário. O montante é fixo e será repassado ao clube conforme contrato, independentemente do fundo ser um sucesso para a Galapagos ou não.
A empresa tem mais de R$ 21 bilhões sob gestão e fez um estudo de mercado antes do lançamento. Ela deve ofertar o fundo a sua carteira de clientes em breve; ainda não se sabe se a oferta será pública para qualquer pessoa conseguir investir.
Nem todo o dinheiro será liberado neste primeiro momento. Para conseguir todo o montante, o São Paulo terá de seguir diretrizes acertadas e normas de boa gestão.
Mais detalhes serão anunciados em breve. Há uma cláusula de confidencialidade que perdura por cerca de 15 dias antes de o fundo ser lançado no mercado.