Filipe Luís após nova vitória com DNA do Flamengo: 'Aceito correr risco'

O técnico Filipe Luís avaliou o desempenho do Flamengo na vitória sobre o Bahia, a segunda do time sob o comando dele. A apresentação do time mais uma vez teve domínio de jogo, embora o time — conscientemente — tenha corrido risco alto de tomar gol. E isso é algo que Filipe admite, desde que seja para aplicar o "DNA do Flamengo": muita pressão no campo de ataque.

"Uma grande vitória, jogo muito difícil. Conheço bem o Bahia, conheço bem o Rogério. Corremos riscos em muitos momentos. Mas é um risco que eu aceito correr. Quero que meu time pressione, seja um time incômodo para o adversário. Não tenho dúvida que o time do Bahia é o time mais difícil para pressionar do Brasil. Um meio-campo muito forte, qualificado. A ausência do Everton Ribeiro nos facilitou nesse ponto. Mas é um time que joga muito bem com a bola. Para pressioná-los, é preciso correr risco. O time não tomou gol, todo mundo seguiu a mesma ideia", disse o treinador.

Postura agressiva na frente. "O DNA Flamengo, o que a torcida existe, é um jogo muito perigoso, um jogo vertical, de pressão. Vai-se correr riscos. Para não correr riscos, 5-4-1, bloco baixo. Ou 5-5-0. Como a gente quer ser protagonista do jogo e tem elenco para isso, os riscos vão existir. Eu deixo claro para os jogadores que em algum momento eles vão ser driblados, vão sair da nossa pressão. Tem que saber ser resiliente. O time passou por isso dentro do jogo. E aproveitar a outra força do time, que é o contra-ataque".

Ayrton Lucas e Alex Sandro fazendo gols. "São dois laterais de seleção brasileira. Eu fecho o olho e coloco um. Tenho muita sorte de ter os dois e o Viña, que volta ano que vem. Conheço o Ayrton perfeitamente. Sei os pontos fortes, conheço as fraquezas. Sei o que pode dar de melhor e como posso ajudá-lo. Hoje, fez um jogo magnífico. Fiquei muito feliz. A concorrência interna aumenta. Isso vai fazer com que os dois cresçam. Não tem ninguém como "titular" no contrato".

O que mais Filipe Luís disse

Briga pelo Brasileirão

"Somente eu penso no Fluminense a partir de hoje. Não vou olhar tabela, não quero nem saber. Temos que fazer a nossa parte. O que acontecer depois, não depende da gente. Mas eu acredito, sim, que podemos fazer um final de campeonato excepcional. Acredito nesse elenco. Eu estava ali, estava no meio deles. Sei o que se fala no vestiário. Sei a força e a fome desse time de conquistar. Então, a partir de hoje, foco no Fluminense".

Vitórias sobre Corinthians e Bahia

"Foram jogos muito diferentes. Mas parecidos nas estruturas. Corinthians jogou com losango no primeiro tempo. 4-4-2. O Bahia também joga, mas com uma saída a três. Isso torna muito difícil pressioná-los, porque é o antídoto do 4-4-2. Então, é complicado pressionar o Bahia. Mas como todos eles estão seguindo a mesma indicação, a mesma ideia e estão fazendo do jeito que estou pedindo, está tendo sincronia nos movimentos de pressão. Estou muito feliz com isso. Claro que temos que treinar, ajustar, detalhes finos, para ser um time mais incômodo para o adversário. Nem sempre vai pressionar perfeitamente. Mas vamos correr riscos, que eu assumo. É uma escolha minha".

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O que fazer na data Fifa

"É muito importante os jogadores descansarem a cabeça. Estão há 26 ou 28 dias sem folga. Dormindo no CT muitas noites, treinando à noite. Os jogadores precisam limpar a cabeça, o que é tão importante quanto treino. Depois, vamos ter praticamente 10 dias de treino para colocar os ajuste. Esse time já está bem treinado. Eu não peguei um caos. São ajustes que eu quero dar do meu modelo de jogo. Com esses ajustes, eu quero evolução da equipe".

O que trabalhar?

"Tentei passar bastante conteúdo nos vídeos. O time está bem treinado. Tem um lastro em algumas facetas que eu também penso igual. Os ajustes com vídeo eles assimilaram bem. O que eu mais gosto desse grupo é que é inquieto, que pergunta. Não entra em campo com dúvidas. Cada vez que alguma coisa não fica clara, são os primeiros a perguntar. Se alguma coisa não está indo bem em campo, olham para o treinador e perguntam o que fazer. Isso para mim é fundamental, porque estão seguindo a minha ideia. Não estão seguindo cada um separado. Com a qualidade que tem esse elenco, com certeza eu tenho coisas a tentar fazer".

Gabigol

"Eu conheço o Gabriel. Meu trabalho com ele é dar toda a informação, todo o carinho durante os treinos. Na função que ele tem como atacante, ele tem que desempenhar o papel. E ele fez tudo o que eu pedi. Atacou espaço quando eu falei para atacar, entrou na área quando eu falei que era para entrar. Entrou no lugar certo, tentou não perder bola de costas. O jogador vai ter jogos melhores e piores. Fases melhores e piores. Momentos com muita confiança e de baixíssima confiança. O Gabriel, a hora que a bola entrar, ele se desenvolver mais, vai ter tempo para treinar ele, acho que ele vai recuperar a confiança que ele perdeu. Não é rápido".

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