A seleção da Argentina conseguiu deixar Miami, no estado da Flórida, em meio à chegada do furacão Milton, nesta quarta-feira (9), e embarcou para enfrentar a Venezuela, pelas Eliminatórias. As equipes se enfrentam na quinta-feira (10), às 18h (de Brasília).
O que aconteceu
A Argentina deixou Miami às 16h (de Brasília). A seleção estava 'presa' nos Estados Unidos desde ontem por causa do cancelamento do voo em decorrência da aproximação do furacão Milton.
A seleção fará uma escala em Barranquilla (Colômbia). Depois, os jogadores e a comissão técnica embarcam rumo a Maturín (Venezuela), onde a equipe enfrenta a Venezuela, nesta quinta-feira (10).
A Argentina fez toda a sua preparação para os jogos pelas Eliminatórias em Miami, nos EUA. A seleção utilizou as instalações do Inter Miami, time que Messi joga atualmente.
Classificação e jogos
O jogo pelas Eliminatórias ficou sob risco. Caso não conseguisse embarcar nesta quarta-feira, a seleção só poderia tentar novamente na quinta-feira, data da partida, o que tornaria improvável uma chegada à Venezuela a tempo.
Escolha pelos EUA e furacão
Um dos fatores que explicam a decisão é a briga política entre Javier Milei e Nicolás Maduro. As relações entre os países desmoronou desde que Javier Milei virou presidente argentino, com ele e Maduro trocando insultos públicos frequentemente.
A Venezuela fechou seu espaço aéreo para voos com origem ou destino sendo a Argentina. A ação, tomada nos primeiros meses deste ano, foi uma represália à apreensão de um avião de carga venezuelano entregue pelos argentinos aos EUA.
Portanto, a delegação da Albiceleste não poderia partir direto de Buenos Aires com destino a Maturin, onde a partida será disputada. A seleção tricampeã mundial decidiu levar a preparação para as instalações do Inter Miami, clube em que joga o astro Lionel Messi e que tem bom relacionamento com os argentinos.
Entretanto, os Estados Unidos também têm problemas com a Venezuela. Nenhum voo sai direto do solo americano rumo ao país sul-americano, o que voltou a dificultar o cenário para a Argentina.
A escolha teve uma questão logística. A AFA (Associação Argentina de Futebol) definiu Miami como um "meio-termo" entre o país e o continente europeu, onde a maioria dos seus convocados atua, de acordo com o jornal argentino Olé.
A decisão fez com que a delegação argentina fossem em direção ao "pior furacão em 100 anos" nos EUA. O furacão Milton é um dos mais potentes já registrados no país e deve atingir a costa da Flórida entre a noite desta quarta (9) e madrugada de quinta (10).
Os jogadores chegaram no início da semana, bem quando o Milton começou a subir de categorias. O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) classificou o furacão na escala máxima, cinco.
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