Dorival confirma Danilo fora e diz o que quer do novo lateral da seleção
O técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, confirmou que a escalação contra o Peru será diferente. A começar pela saída de Danilo e entrada de Vanderson na lateral direita.
O treinador explicou o que quer da alteração, que se juntará às entradas de Bruno Guimarães e Gerson nos lugares de André e Lucas Paquetá (suspenso).
"Não foram testes, foram definidos, anteriores até ao primeiro jogo. Era uma decisão nossa. Vanderson tem potencial interessante e temos que buscar equilíbrio pelo setor. Danilo como terceiro homem de marcação tem sido muito importante, um jogador com experiência muito grande e que nos ajuda nesse momento de transição".
Mais sobre Vanderson. "Se destacou muito no Grêmio, sempre percebi alguma dificuldade defensiva. Evoluiu muito nessa saída e ida para a França. É um jogador que vem numa crescente, assim como já tivemos outros laterais que deixaram boa impressão. William e Yan da mesma forma, não tiveram a oportunidade que o Vanderson terá agora. Que ele faça da melhor forma, evoluiu muito e tem total condição de encontrar um caminho. Vai depender dele e da equipe ajudá-lo".
Classificação e jogos
Quem vai ser o capitão? "O capitão será o Marquinhos".
Efeito das trocas. "Eu espero um rendimento satisfatório daqueles que estão e que possamos ter uma atuação de excelente nível, melhorando a cada momento. Respeitando o adversário, que também vem em recuperação. Buscam ajuste como estamos procurando".
Gestão de Danilo, diante do papel dele como capitão. "Se a gente perceber, a primeira convocação tinha todos na mesma condição, início de temporada, não sabíamos quem atuava. Atrasamos quatro ou cinco dias o anúncio pela rodada no fim de semana. Ali percebemos que alguns iniciaram e outros não. Nesse processo todo, Danilo jogou duas vezes pela seleção, um jogo inteiro e outros entrando. Nas 10 partidas anteriores foi capitão da seleção. Eu agiria de má fé se desconvocasse ele por não atuar. Danilo tem importância interna, o que representa no grupo. Às vezes fechamos o olhos e só vemos o rendimento. Ele nunca foi lateral de apoio, sempre um terceiro homem e usado na iniciação. Não executou a função que atua há quase anos no seu clube. Procuramos lá atrás que tentávamos manter os jogadores nas funções dos seus clubes, nem sempre é fácil para em dois ou três dias termos equipe em ótimo nível".
E Endrick? "Endrick foi para um dos maiores clubes do futebol mundial, concorrendo com dois companheiros e um terceiro que chega agora como campeão mundial há pouco tempo, um expoente. 17 anos, que não joga com a frequência que precisaria, mas brigando na maior equipe do futebol mundial".
O Brasil vai enfrentar a seleção peruana nesta terça-feira (15), no Mané Garrincha, em Brasília, pela 10ª rodada das Eliminatórias da Copa.
O que mais Dorival disse
Momento
"Não é tranquilo e confortável. Se fosse nessa condição, também estaríamos preocupados para acrescentar à equipe. Temos que ter consciência de que precisamos de algo mais, é o que temos tentado. Temos um jogo importante amanhã, um jogo que pode nos levar a uma posição um pouco melhor na tabela. Esse é o objetivo principal. Não existe ansiedade excessiva, um contentamento, o momento não é para isso. Temos que ter consciência e equilíbrio, precisaremos de muito mais para atingir nossos objetivos".
Mudanças no ataque
"De um modo geral sempre demos liberdade, independentemente dos nomes da frente. Existe uma função inicial para inibir iniciação adversária, mas com liberdade de movimentos. Temos movimentos trabalhados, temos o que vem sendo mostrado a todo momento. Ganhamos muito na última partida com as infiltrações, não só com o Igor, muito com Raphinha, Savinho, Rodrygo se preocupou com as infiltrações. Isso nos proporcionou outra condição. Estamos melhorando nesse quesito, tendo referência nesse instante que buscamos com o Pedro antes. Eu vejo que eles podem ter liberdade de movimento, têm ótimo nível e capacidade de usar o um para um, capacidade de troca de passes, de se aproximarem de tabelas. Aos poucos melhoramos essa possibilidade.
Maior dificuldade no dia a dia
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Quero receber"Dia a dia é muito simples, não existe trabalho. Se apresenta no domingo, alguns chegam segunda. Se treina com todo grupo na terça e quarta é pré-jogo já com cuidados. É basicamente uma sessão de trabalhos, a de ontem, a de hoje menor para jogar amanhã. O grande dificultador para mim é isso, independentemente dos nomes que vão se entender em algum momento. Dificulta o equilíbrio com o futebol nivelado como vemos. Precisamos muito do campo, do dia a dia dos treinos. É tudo que não temos e diferente das equipes, que pode perder hoje e no dia seguinte alcançar correções. É um desafio grande, tenho confiança muito grande no que vejo e começo a viver nesse grupo. É processo de montagem que demanda tempo e paciência, vamos oscilar muito e encontrar um caminho.
Atacar com sete homens - mais imposição ofensiva
"Era a função do Danilo desde o primeiro jogo: um dos laterais terá que compor. Não vamos alterar essa condição. Alteramos movimentos de ataque, amplitude, homens abertos em algum momento e depois por dentro. Não podemos abrir mão dessa condição, de ter três homens na contenção. Eles jogam com dois homens mais espetados e precisaremos de três homens. Quero dois volantes, os dois meias mais próximos para serem jogadores de transição, procura de profundidade, então um lateral terá essa função [defensiva]. Movimento de infiltração para que saiam do bloco e possam receber bola de frente para a última linha adversária. Criamos mais por agredimos mais a última linha adversária. Não podemos ter a bola apenas no pé, temos que fazer o trabalho sujo que não acontecia e dificultava as infiltrações".
Três zagueiros é uma opção / Terceiro homem de contenção
"Dois meias e dois volantes, e às vezes invertemos. Depende do adversário. Detectamos aspectos importantes, não podemos abrir mão da amplitude, dos jogadores de lado no um para um e que precisam ser decisivos. Esse terceiro homem é a obrigação sempre de um dos laterais. Se subir Vanderson, Abner e vice-versa. Quero meio-campistas em condição de infiltrar, que tenham iniciação pelos lados, passagem por dentro ao lado oposto em condição de movimentos de ataque. Temos que encontrar essa paciência, encontrar o momento certo para infiltrar. Estamos bem próximos disso, a equipe tem entendido as ideias e os treinos mostram evolução. Temos que confirmar nos jogos".
Conexão com o povo
"Temos tentado ao máximo, facilitando a presença do público, os jogadores participando da movimentação onde vamos. Que exista uma integração maior, o torcedor percebe isso, essa resposta positiva. Somos recebidos assim em todas as partes do Brasil mesmo sem os resultados aparecerem. Que continuemos, melhoramos e que divulguemos tudo isso, o que acontece de bom na seleção para que se usa em torno da seleção. O público quer ver sua seleção com confiança, e é o que vamos fazer".
Busca pela estabilidade
"Não é emocional, é regularidade de atuações. Para isso aconteça temos que estar emocionalmente equilibrados, mas a principal preocupação é jogar como treinamos. Não estávamos conseguindo reproduzir o que é feito nos treinos. Esse é o grande desafio: repetir o que é feito para termos atuações mais seguras e equilibradas, alcançando regularidade. Trabalhamos muito para que tudo aconteça".
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