Em crise, Guarani é exceção e perde bet que tenta 'driblar' regulamentação

O Guarani foi o único clube entre as séries A e B a perder o patrocinador diante da regulamentação das casas de apostas. O Bugre, porém, ainda espera uma saída.

O que aconteceu

Lanterna da Série B, o Guarani viu a patrocinadora master Dafabet ficar fora da lista de bets regulamentadas no Brasil.

A situação em campo é difícil, mas nessa parte comercial o Bugre está tranquilo. A Dafabet pagou antecipadamente o contrato até o fim do ano.

O acordo prevê renovação automática para 2025, e o Guarani ainda confia na manutenção da parceria. Uma reunião na próxima semana em Dubai deve apontar esse caminho. A Dafabet tem sede nas Filipinas.

A Dafabet anunciou o fim da operação no Brasil, porém, estuda meios de se juntar a outras bets e cumprir seus compromissos no país, incluindo o Guarani. Cada holding tem direito a três firmas diferentes.

Como já recebeu por 2024 e tem boa relação com o representante da empresa no Brasil, o Bugre aguarda por uma definição. Se a Dafabet sair de cena de fato, o clube de Campinas vai atrás de outro patrocinador para 2025.

O Guarani aguarda pacientemente por essa definição. A empresa tem relevância mundial, com patrocínios esportivos há mais de 16 anos e segue como parceira do clube. A gente mantém o contato e espera por um caminho. Esse assunto é complexo e ainda terá desdobramentos.
Adriano Hintze, vice-presidente e responsável pelo marketing do Guarani

Estamos seguindo a determinação da CBF e aguardando o posicionamento do parceiro em uma possível regularização. Nesse meio tempo iremos utilizar a marca de um dos nossos projetos sociais em acordo com o parceiro.
Rômulo Amaro, presidente interino do Guarani

O Guarani conversou com a Dafabet e substituiu a marca com a StartsTEA, projeto do clube que visa promover a inclusão social de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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Todas as outras casas de apostas que patrocinam clubes das séries A e B foram regulamentadas. Só Cuiabá e Palmeiras não têm bets no uniforme do time masculino.

O caos do Guarani

O Guarani tenta escapar da Série C após nove anos enquanto vê um presidente assumir interinamente.

O Bugre é o lanterna da Série B, com 28 pontos, e a rival Ponte Preta é a primeira fora do Z4 e soma 35. As equipes se enfrentarão em clássico neste domingo (20), no Moisés Lucarelli.

Na lanterna há 24 rodadas, o Bugre viu o presidente André Marconatto pedir licença do cargo por motivos de saúde. Marconatto deu lugar a Rômulo Amaro, membro do Conselho de Administração, por tempo indeterminado.

O clube campineiro também perdeu o ex-presidente e CEO Ricardo Moisés. O Conselho de Administração aproveitou a saída de Marconatto para dispensar Moisés.

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O advogado Ricardo Moisés dividia torcida e o próprio Conselho. Ele era responsável pela tentativa de reestruturação administrativa do clube, com um estudo sobre possível recuperação judicial e a negociação com a Libra.

Mesmo diante dessa turbulência administrativa, o Guarani venceu o CRB por 2 a 1 na última segunda-feira (14) e sonha com a permanência na Série B. As chances de cair, de acordo com a UFMG, são de 93,1%.

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