O presidente do Vitória, Fábio Mota, desabafou sobre a falta de fair play financeiro no futebol brasileiro e fez fortes críticas ao Corinthians.
[Clubes com] investimento muito maior, que continuam contratando sem pagar ninguém. Não têm fair play no Brasil. O Corinthians contratou jogador para pagar R$ 3 milhões por mês, brigando com a gente cabeça a cabeça. Enquanto isso, não consegue pagar o salário do mês e deve mais de R$ 2,5 bilhões. Isso é o futebol brasileiro, essa loucura tem que acabar.
Tem que ser responsabilizado. Tudo no Brasil tem lei, o futebol não é assim. Ou muda isso ou o futebol brasileiro vai ficar cada vez descredenciado para o mundo. Uma das razões para ter poucos investidores no futebol brasileiro é isso. Fábio Mota, presidente do Vitória
O que aconteceu
Fábio Mota deu a declaração ao ser questionado sobre a briga do Vitória na tabela do Brasileirão contra times com maior investimento. O autor da pergunta na entrevista coletiva citou Corinthians e Fluminense, que estão perto do clube baiano na luta contra o rebaixamento.
Ele é mais um presidente de clube da Série A a subir o tom contra a política de contratações do Corinthians. Na semana passada, o dirigente do Cuiabá, Cristiano Dresch, afirmou que a equipe paulista dá "golpe" no futebol brasileiro
O que mais o presidente do Vitória disse
Sem fair play no Brasil: "O Brasil não tem fair play, não tem limite de gastos dos clubes. Não sei se alguém viu dirigente de clube preso, muitos deveria estar presos porque acabaram com clubes e ficou por isso mesmo. E quem assume fica aí pagando dívida".
Terra sem lei: "Futebol no Brasil é uma terra sem lei. Muita gente com conta rejeitada. O cara assume clube de futebol, pipoca orçamento, vai embora e larga a bomba lá. Não existe fair play no Brasil. Não existe limite de gastos.
SAF vendida como solução: "E se você faz uma SAF e todos sabendo que é assim e encontra qualquer um... Um exemplo é o Vasco, que fez uma SAF e entregou para qualquer um. O que assumiu quebrou o Vasco, o Vasco voltou a ser associação e as dívidas ficaram. Tem que ter muito cuidado, não pode entregar clube para qualquer um, não é o nome SAF que resolve. Tem que ver quem é o investidor."
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