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Dono de quiosque estima prejuízo de R$ 80 mil após ataque de uruguaios

Quiosque na orla do Recreio foi saqueado por torcedores do Peñarol Imagem: Bruno Braz/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro e em São Paulo

23/10/2024 16h49

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Edilson Gonçalves de Souza, dono de um dos quiosques saqueados por torcedores do Peñarol nesta quarta-feira (23), na orla do Recreio, no Rio de Janeiro, estima que o prejuízo do ataque é de, pelo menos, R$ 80 mil.

Eles [Orla Rio, empresa que cuida dos quiosques] virão aqui para ver o que quebrou para eles ajudarem a gente a repor e trabalhar. Quebraram tudo, guarda-sol, mesas... Se for calcular tudo, o prejuízo é de R$ 80 mil, mais ou menos. Saquearam, roubaram o meu quiosque. Só de notas [fiscais] da Ambev [empresa de bebidas] que chegaram ontem e anteontem, dá quase R$ 9 mil. Saquearam tudo o que estava aqui fora. Além de quebrar, roubaram tudo. Edilson Gonçalves de Souza, ao UOL

O funcionário Rodrigo Ribeiro, que trabalha no quiosque de Edilson, relatou como foi o ataque e o que os torcedores do Peñarol levaram. Ele criticou a impunidade e citou a vinda anterior dos uruguaios, antes do jogo contra o Flamengo, também pela Libertadores.

Levaram tudo. Bebida do estoque, caixas de cerveja, quebraram todos os guarda-sóis, levaram o caixa, até o livro dos funcionários. O que eles puderam levar, eles levaram. Dinheiro, água, bebidas, não sobrou nada... Começou há um mês, quando teve Peñarol e Flamengo. Eles fizeram a mesma coisa, vieram aqui, fizeram esse tumulto, não aconteceu nada. Chegaram às 5h hoje. Eles saem do país deles para fazerem isso no nosso país. A impunidade é... Não dá em nada. Prejuízo total. Rodrigo Ribeiro

Torcedores do Peñarol brigam no RJ

Torcedores do Peñarol transformaram a praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste (RJ), em uma verdadeira praça de guerra na altura do posto 12. Os uruguaios saquearam um quiosque, atearam fogo em motos e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas e cadeiras. O time de Montevidéu enfrenta o Botafogo nesta quarta-feira (23), às 21h30, no Nilton Santos, pelo jogo de ida das semifinais da Libertadores.

Um uruguaio roubou um celular de dentro de um quiosque. O criminoso foi identificado e preso pela Polícia Militar. Logo em seguida, a confusão aumentou.

A briga teve início na areia e se espalhou pelas duas pistas que dão acesso à praia. Os torcedores do Peñarol entraram em confronto tanto com os policiais quanto com banhistas brasileiros.

Duas motos que estavam estacionadas no local foram incendiadas. Um dos ônibus dos uruguaios também ficou em chamas.

Moto fica queimada após ataque de torcedores do Peñarol em praia do Rio de Janeiro Imagem: Bruno Braz/UOL

Carros foram depredados e barracas de ambulantes quebradas. Mesas e cadeiras dos quiosques viraram armas nas mãos dos vândalos. Até mesmo caixas de cervejas foram saqueadas.

O Batalhão de Choque foi acionado assim como o Bepe (Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios). O Corpo de Bombeiros também chegou ao local para apagar o incêndio das motos.

Cerca de 200 uruguaios foram detidos. Eles serão conduzidos à Cidade da Polícia, onde serão autuados.

Torcedores do Peñarol já haviam se envolvido em briga no Recreio nas quartas da Libertadores. Na ocasião, o duelo foi com o Flamengo e uma confusão na altura da Praia da Macumba culminou até mesmo em tiros para o alto por parte dos policiais.

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