Torcedores do Peñarol presos fazem audiência de custódia; 260 são liberados

A Polícia Civil autuou e manteve presos 22 dos 283 torcedores do Peñarol detidos por cometerem atos de vandalismo na praia do Recreio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (23). O restante foi escoltado pela Polícia Militar até a divisa do Estado do Rio de Janeiro e responderá por crimes previstos no Estatuto do Torcedor.

O que aconteceu

Os uruguaios foram levados em ônibus à Cidade da Polícia ainda na tarde de quarta. Eles foram impedidos de assistir a goleada de 5 a 0 sofrida pelo Peñarol para o Botafogo, no Nilton Santos, pelas semifinais da Libertadores.

Aos poucos, um a um foi sendo identificado e autuado. Imagens de câmeras de segurança e também da imprensa foram utilizadas para ajudar nas investigações.

Os uruguaios mantidos presos foram autuados por diversos crimes: As acusações são de porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Além disso, responderão também por artigos do Estatuto do Torcedor.

No total, 20 dormiram na Cidade da Polícia e dois na 16ª DP (Barra da Tijuca). Eles serão encaminhados na manhã desta quinta (24) para o bairro de Benfica, também na Zona Norte (RJ). Por lá, passarão por audiência de custódia para saber se continuarão em cárcere ou responderão em liberdade. Antes, farão exames no Instituto Médico Legal (IML)

Um deles é menor de idade. Ele foi transferido para a Vara da Infância e da Juventude.

Quase 300 uruguaios detidos

Torcedores do Peñarol transformaram a praia do Recreio em uma verdadeira praça de guerra. Os uruguaios saquearam um quiosque, atearam fogo em motos, depredaram carros e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas e cadeiras.

Um uruguaio roubou um celular de dentro de uma padaria. O criminoso foi identificado e preso pela Polícia Militar. Logo em seguida, a confusão aumentou. Moradores também relatam que atos de racismo motivaram o tumulto.

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Um dos ônibus dos uruguaios também ficou em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo.

Ao todo, 283 pessoas foram detidas após a chegada do Batalhão de Choque. Entre essas, 42 eram mulheres. Uma arma foi encontrada em um dos ônibus.

No início da noite, 21 já haviam sido autuadas, continuaram presas e responderão pelos crimes. As acusações são de porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. O restante será escoltado até sair do Estado do Rio de Janeiro.

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