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Justiça mantém prisão, e 21 torcedores do Peñarol vão para cadeia no Rio

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/10/2024 20h37Atualizada em 25/10/2024 21h02

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Em audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (25), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro converteu em preventiva a prisão de 21 torcedores do Peñarol que promoveram atos de vandalismo na última quarta-feira (23) no bairro do Recreio, na Zona Oeste (RJ). Com a decisão, os uruguaios ficarão detidos em uma cadeia da capital carioca.

O que aconteceu

Somente um dos detidos foi liberado. O nome dele é Richard Andreas Soler Pereira.

Os juízes destacaram que a maioria estava armada com paus e foi presa em flagrante pela polícia. Tal situação embasou a decisão que converteu a prisão de flagrante em preventiva.

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Os 22 uruguaios estavam detidos desde o dia da baderna. De quarta (23) para quinta (24) eles ficaram presos na Cidade da Polícia e, de quinta para sexta (25), no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte (RJ), mesmo local onde ocorreu a audiência de custódia.

Os torcedores do Peñarol foram autuados por diversos crimes: porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Além disso, responderão também por artigos do Estatuto do Torcedor.

Os demais detidos no dia anterior - cerca de 260 - foram escoltados até a divisa do Rio de Janeiro para deixar o Estado. Eles também responderão por artigos do Estatuto do Torcedor.

Os uruguaios que continuam presos e seguem para cadeia são: Alvaro Marcelo Garin, Nikleson Cabrera, Michael Nicols, Federico Gonzales, Felipe Pedrini, Luís Antonio Cursio, Santiago Zapata, Jorge Lucio da Silva Limas, Carlos Ramiro Tambrideguy Lara, Lautaro Machado Raimondi, Santiago Facundo, Sacramento Rodriguez, José Telechea, Roy Martinez, Esteban Emanuel Silveira Sena, Franco Ezequiel Berriel Merlo, Carlos Francisco Sauco, Anthony Alexis Rosa Balles, Ezequiel Rodrigues, Cesar Daniel Camurati Alvarez.

Reclamaram de fome na Cidade da Polícia

Quando os uruguaios ainda estavam na Cidade da Polícia, eles reclamaram de fome. O UOL registrou o momento quando eles entravam no camburão, onde foram transferidos para o presídio de Benfica: "Não nos deram algo para comer".

Outro gritou o nome do clube: "Avante, Peñarol!". Eles deixaram o local por volta das 11h20 de quinta (24).

Os torcedores apresentavam ferimentos de bala de borracha e estavam todos sem blusa. Somente um ainda segurava na mão uma camisa do clube e a utilizou para esconder o rosto das câmeras.

Praia do Recreio vira praça de guerra

Torcedores do Peñarol transformaram a praia do Recreio em uma verdadeira praça de guerra. Os uruguaios saquearam um quiosque, atearam fogo em motos, depredaram carros e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas e cadeiras.

Um uruguaio roubou um celular de dentro de uma padaria. O criminoso foi identificado e preso pela Polícia Militar. Logo em seguida, a confusão aumentou. Moradores também relatam que atos de racismo motivaram o tumulto.

Um dos ônibus dos uruguaios também ficou em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo.

Ao todo, 283 pessoas foram detidas após a chegada do Batalhão de Choque. Entre essas, 42 eram mulheres. Uma arma foi encontrada em um dos ônibus.

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