Zubeldía, Muricy e Milton têm 'ritual de resenha' após treinos no São Paulo

Jogadores perambulam pelo CT da Barra Funda de meiões. Alguns se dirigem ao salão para um corte de cabelo, outros fazem um samba com um instrumento - real ou improvisado - na mão. Música e as risadas altas na entrada do vestiário. Do outro lado do campo, um trio se reúne em volume mais baixo: Luis Zubeldía, Muricy Ramalho e Milton Cruz.

O campo já está totalmente vazio. Até os equipamentos utilizados no trabalho já foram retirados e guardados. Lá do alto, o sol faz até mesmo a sombra do banco de reservas ser quente, mas nada abala a 'resenha' do trio.

Muricy e Milton sentam-se no banco, lado a lado, enquanto Zubeldía recosta-se o mais confortavelmente que uma cadeira de alumínio, daquelas de bar, permite.

O ex-técnico e supercampeão gesticula amplamente, aponta, faz sinais e recebe o balançar de cabeça de quem aprova ou concorda, tanto de Milton quanto de Zubeldía. E é assim quase todos os dias.

A 'resenha' se estende por vários minutos, por vezes invade o campo das horas. "Eu não gosto de aparecer, mas meu trabalho é falar com o treinador. E ele gosta", contou Muricy ao UOL.

Bem distante de qualquer antipatia inicial ou de alguma ameaça ao futuro da comissão técnica, Muricy orienta, Milton auxilia e Zubeldía comanda o São Paulo, clube que ainda busca sua vaga direta para a Copa Libertadores de 2025.

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