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Abel corneta falta de apoio da torcida do Palmeiras em tropeço no Allianz

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/10/2024 19h46

Classificação e Jogos

Abel Ferreira lamentou a falta de apoio da torcida do Palmeiras nos últimos minutos no empate contra o Fortaleza, na tarde deste sábado (26), no Allianz Parque, em jogo válido pela 31ª rodada do Brasileirão.

Nossos torcedores, como te disse, são soberanos e têm direito de se expressar como quiserem. Tenho carinho muito grande por eles, mas nós também precisamos muito deles nesta luta. E nos últimos dez minutos faltou também da parte deles um bocadinho... não acredito que eles estejam fartos de ganharem títulos, não acredito nisso. Vou fazer quatro anos e já ganhamos 10/11 títulos, eles também não estão fartos de ganhar títulos como eu. Esperava também um bocadinho deles nos últimos 10/15 minutos, quando comecei a puxar eles para empurrar nossa equipe para frente. São fundamentais. Eles têm todo direito de mostrar sua opinião em função daquilo que é o desempenho da nossa equipe. Abel Ferreira.

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Pênaltis polêmicos: "Já falei há muito tempo que essa regra deveria mudar. Há uma regra muito claro que quando o centroavante toca na mão intencional ou não intencional são todos anulados. Tem que se criar uma regra porque se não sempre tem uma interpretação. eu posso achar pênalti e você não. Eu já perdi uma ida aos pênaltis no Mundial [final do Mundial contra o Chelsea] porque a bola bateu na mão, há sempre interpretação. O que não tem interpretação, que é fato, é uma agressão, como aconteceu hoje no jogo. O que o jogador do Fortaleza fez ao Ríos não há dúvidas. Em relação aos pênaltis vai ser sempre interpretativo".

"Se bateu na mão e vai na direção do gol e a mão não tá na posição que tem que estar. É uma pergunta que tem que fazer aos árbitros. Na minha opinião, e se eu mandasse, sempre que bater n mão deveria ser pênalti. Eu daria o primeiro pênalti também".

O que faltou para a vitória? "Não faltou nada. Se vocês reparem nos gols esperados contra o Juventude e hoje, hoje foi muito maior, tivemos '3, qualquer coisa' de gols esperados. Não fomos capazes de fazer. Fizemos dois gols de bola parada, uma grande oportunidade em cruzamento com o Gómez, outra dentro da área com o Veiga, e na segunda parte o Estêvão. O futebol é feito de decisões, não fomos felizes nas nossas e não tivemos felizes como poderíamos para aumentar o placar. Nós fomos infelizes e o nosso adversário marcou muito pelo que criou. Sabíamos que o Fortaleza se defende bem, sai bem pro contra-ataque e a fortuna do jogo esteve do lado deles, ainda pela forma que os gols aconteceram".

Palmeiras vive crise no sistema defensivo? "Não tem nada a ver com sistema defensivo, tem a ver com decisão dos jogadores. O primeiro gol do nosso adversário é um excelente chute de fora da área, e só faz gols quem chuta. Há que realçar a coragem do nosso adversário de chutar no gol e fez um belíssimo gol, não bloqueamos o segundo rebote. E depois, o segundo gol que sofremos são circunstâncias do jogo, tema ver com decisões que os jogadores tomam".

"Sofro muito quando os jogadores tomam decisões que não são as melhores e vibro muito quando eles acertam. Estamos sempre todos juntos em todos os momentos, ganhamos todos e perdemos todos. Corrigir nossa finalização, devemos olhar para os dois lados da mesma medida. Uma decisão defensiva tem impacto no jogo como decisão ofensiva. A única coisa que tenho certeza é que meus jogadores, quer os que falharam ou não, queriam acertar os lances. O que mais erra sou eu".

Erros defensivos e ofensivos contra o Fortaleza: "Faltou fazer os gols. Nós este ano, vamos fazer o balanço. Tivemos o Murilo lesionado, o Estêvão em uma altura dura, e o Zé [Rafael] teve um ano muito duro. O futebol não dá saúde a ninguém, o futebol brasileiro muito menos pela intensidade, viagens, exigência, gramados, noites mal dormidas e isso tem impacto com a saúde física e mental dos jogadores. Tudo que andarmos em volta do jogo de hoje é muito específico. Cometemos decisões que não foram as melhores defensivamente e também em termos ofensivos, tem tudo a ver ao nosso adversário. Nós demos muito mais ao adversário do que o adversário veio aqui e nos empurrou, criou. O futebol brasileiro, ao contrário que alguns dizem, são equipes que jogam em transição. É uma equipe que aproveita bem isso. Nem sempre ganha quem cria mais oportunidades. Faltando 7 jornadas, todos os pontos são importante para quem luta pelo título".

Atuação de Mayke: "Os mesmos que criticaram são os mesmos que falaram um mês ou dois que ele [Mayke] deveria ser titular. O futebol é isso, meus amigos. Os jogadores e os treinadores acertam e erram, fico feliz porque vocês só acertam, opinam o que querem. É fácil vir falar depois do jogo. A única coisa que eu peço a você e todos vocês é que olhem para os mesmos erros quando nós erramos defensivamente da mesma forma que erramos na parte ofensiva. Pra mim é tão grave o frango do goleiro como um jogador de baixo da trave perder um gol. Tem o mesmo peso. O futebol é feito de erros e ganha quem menos erra, e hoje cometemos decisões que não foram as melhores. Nós tivemos 3.0 de expectativa de gols, mas não traduzimos isso em gols".

Recuperação de Maurício: "Gosto de jogar lá [Neo Química Arena] porque é um dos melhores gramados do Brasil, o ambiente é bom. Foi boa a notícia do Maurício, tememos o pior. Eu disse a ele: 'colocou velinhas para Nossa Senhora Aparecida?'. Temos muitos lesionados, Murilo fora, Piquerez fora, esse anos tivemos lesões difíceis em momentos críticos do ano e depois quando retornaram não voltam no mesmo título. Amanhã vamos ter treino e depois vamos descansar e preparar o próximo jogo. Sabemos a situação que está o Corinthians, mas estamos brigando pelo título. Procurar para nos prepararmos bem".

O que resultou no empate: "Foi um 2 em 1. Foi um pouco não ser tão afobado na frente do goleiro, mesmo com o melhor ataque. O goleiro do adversário foi muito bem. Tivemos jogos com muito menos gols esperados e fizemos mais gols. Hoje tivemos muitos e não conseguimos fazer".

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