Palmeiras: Leila descarta medalhões e confirma bet como provável patrocínio
Colaboração para o UOL
26/10/2024 08h57
Na reta final de seu primeiro mandato, a presidente Leila Pereira falou sobre os planos para o Mundial de Clubes 2025 em caso de reeleição, descartou Gabriel Jesus e Gabigol no Palmeiras e indicou a substituição da Crefisa por uma bet.
O que aconteceu
Leila Pereira deu entrevista ao jornal O Globo. A empresária de 59 anos está prestes a disputar a eleição palmeirense para tentar se reeleger para um novo triênio. A votação acontece no dia 24 de novembro, e ela tem Savério Orlandi como concorrente.
A presidente do Palmeiras confirmou que uma bet provavelmente patrocinará o clube alviverde. Segundo a coluna de Danilo Lavieri no UOL Esporte, a Sportingbet avançou e virou a favorita para substituir Crefisa.
Ela ainda descartou a contratação de estrelas para o time para a disputa do Mundial de Clubes, que acontece no ano que vem.
O que ela disse
Saída da Crefisa e chegada de bet. "É provável que sim [bet como patrocinadora máster] (...) Quando comecei a patrocinar o Palmeiras, em 2015, éramos o maior patrocínio da América do Sul. Mas as bets mudaram o panorama dos valores, que são muito altos hoje. Não podemos fugir disso. Estamos em busca de empresas com credibilidade e poder financeiro para honrar seus compromissos. Porque não quero assinar um contrato hoje e, daqui a quatro meses, a empresa ir embora porque não pode pagar".
Gabriel Jesus. "Nós entramos em contato com o Arsenal, mas eles logo falaram: "Leila, não tem condição nenhuma. Não vamos negociar o atleta". (Então) o Gabriel Jesus não vem".
Gabigol. "Vou falar bem claramente: Gabigol também não vem. É um grande jogador, mas não vem para o Palmeiras. Só para não criar especulações".
Contratação de estrelas. "A nossa base são esses atletas que já estão conosco e são extremamente vencedores. Há algumas posições que Abel gostaria de reforçar, mas já vou te adiantar: esquece estrela. A grande estrela do Palmeiras é o elenco. Eu não acredito em ídolos. O que ganha campeonato é o conjunto. Sei que o torcedor não gosta disso, mas é a pura verdade. Você pode até gostar muito de um atleta porque ele se destacou em um campeonato, mas quem ganha é a equipe".
Futuro de Abel. "Ainda não [há negociações para renovação]. Abel tem contrato até dezembro de 2025. Se for reeleita, meu desejo é que fique até o fim de 2027. Mas não conversamos sobre isso, nem é o momento. Estamos focados em conquistar o título brasileiro. Se reeleita, conversamos. Se for possível, ótimo. Se não for, fazer o quê? Mas vou lutar. E, quando luto, eu consigo".
Fair-play financeiro. "No Palmeiras, criei meu fair play. Porque não vou comprometer o clube. Ele deveria ser implementado no Brasil inteiro. E não falo de um fair play financeiro muito rigoroso, senão você acaba com o futebol brasileiro. Mas um com limitações. Se você não consegue pagar em dia as compras de atletas e os salários deles, não pode contratar. Deveríamos começar assim, com um fair play financeiro light. Porque é injusto. Eu disputo pagando direitinho e não posso, às vezes, fazer contratações para não prejudicar meus compromissos. E há clubes que não querem nem saber. Aliás, não sei como vendem para determinados clubes. Mas isso tem que partir de cima. A CBF deveria criar uma limitação. Se tiver que partir dos clubes, não vai acontecer. Porque é interesse de alguns seguir como estão. E não estou dando indireta. Torcedor é muito emocional. Quem tem que ser racional é o gestor. E o gestor mal-intencionado tem que ser punido".