Tiago Nunes trilha carreira fora do Brasil: 'Me sinto mais respeitado'

Sem ter sido jogador profissional, Tiago Nunes iniciou sua carreira de treinador aos 29 anos após se formar em educação física pela Universidade Federal de Santa Maria (RS). Ganhou destaque no Athletico-PR, conquistando títulos importantes como a Copa Sul-Americana em 2018 e a Copa do Brasil em 2019.

Desde então, passou por clubes como Corinthians, Grêmio, Ceará, Botafogo-RJ e Sporting Cristal, do Peru, além de atualmente treinar a Universidad Católica do Chile, com contrato até 2025.

Embora sua família tenha ficado no Brasil, o treinador espera a chegada de quatro reforços até o fim do ano: seus três filhos e a esposa. Durante o tempo livre, ele aproveita para se adaptar ao país e expandir seus conhecimentos.

"A família chega em dezembro, já até vi o colégio para os meus filhos. A esposa vem também. No tempo livre eu procuro conhecer um pouco do lugar onde estou, me inserir socialmente. Viver esse tipo de cultura, para mim, é uma imersão, uma grande oportunidade de melhorar também como pessoa", disse ao UOL.

O treinador destaca o respeito e reconhecimento que sente fora do Brasil, especialmente no Chile, onde espera ter a oportunidade de inaugurar o novo estádio da Universidad Católica.

"Estou muito consciente de uma missão que fui buscar no Sporting Cristal, de querer continuar mais tempo nesse tipo de mercado, onde me sinto mais respeitado. A inauguração do novo estádio da Universidad Católica será incrível, um dos mais bonitos e modernos da América do Sul. Se tudo der certo, terei a oportunidade de fazer parte desse momento".

Mesmo trabalhando no exterior, Tiago Nunes acompanha o futebol brasileiro, com especial admiração pelo Fortaleza, time que enfrentou quando treinava o Ceará. "A equipe que mais gosto de ver é o Fortaleza. Tem que tirar o chapéu não só para o Vojvoda, mas para o clube em geral. Trabalhei no Ceará, sei das dificuldades e tenho muito respeito pelo Fortaleza", afirma.

Tiago Nunes também menciona sua inspiração em técnicos estrangeiros, como Abel Ferreira e Juan Pablo Vojvoda, mas aponta uma diferença de tratamento para treinadores brasileiros. "Eu sou totalmente a favor do mercado aberto, mas acho que devemos ter mais cuidado com o trato. Vejo o Abel Ferreira e o Vojvoda e me inspiro neles, mas no Brasil somos rapidamente rotulados como incapazes, sem condições de competir em alto nível", lamenta.

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